O topo da pirâmide está muito próximo para um mineiro que começou como um de milhares e, a cada passo na carreira, deixava boa parte da concorrência para trás e se aproximava de um grupo de elite.

Mais perto do que nunca do objetivo de se tornar titular de uma escuderia no Mundial de Fórmula 1, Sérgio Sette Câmara garantiu, com méritos, seu lugar no circo – será piloto de testes e desenvolvimento da McLaren em 2019, integrando o programa de jovens talentos do time que já teve Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna.
Um anúncio animador em pleno fim de semana de GP do Brasil, em Interlagos, numa temporada em que as cores verde e amarela não estão representadas no grid, o que se repetirá ano que vem.

Serginho terá a preciosa chance de viver o dia a dia de uma das mais vitoriosas escuderias da categoria, ainda que em momento de reconstrução e busca do prestígio perdido. Ele trabalhará nos simuladores, ajudando os futuros titulares Carlos Sainz e Lando Norris e terá a chance de testar o carro laranja ao longo da temporada, além de participar de atividades promocionais e exibições. E poderá aproveitar a experiência de um diretor esportivo mais que conhecido: Gil de Ferran, campeão da Indy e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis.

"Agradeço à equipe por essa oportunidade incrível. Quero me integrar à equipe e ajudá-la o máximo possível; escutar, aprender e me desenvolver como piloto”, afirmou Serginho, em sexto na temporada da Fórmula 2 com a equipe Carlin, parceira da McLaren.

O desempenho à altura do mostrado por Norris, badalado na Inglaterra como sensação do país do atual pentacampeão Lewis Hamilton, certamente pesou a favor do piloto de 20 anos, que tem sido constantemente mais rápido e regular do que o companheiro.

Sette Câmara, que acelerou um F-1 pela primeira vez há dois anos – como piloto do programa de jovens da Red Bull, comandou a Toro Rosso de 2016 em Silverstone – é o quarto piloto mineiro envolvido diretamente na categoria máxima do automobilismo.

Uma história que começou a ser escrita em 1976 e 1977 por Alex Dias Ribeiro, que disputou 10 GPs por Hesketh e March. Em 1999, campeão da F-3000, Bruno Junqueira participou de uma seletiva com o também novato Jenson Button na Williams e, com o futuro campeão mundial escolhido, tornou-se reserva da equipe inglesa.

Cristiano da Matta, que vinha do título da Indy, foi quem mais largou: 28 GPs pela Toyota em 2003/2004 e o único a liderar uma prova (Grã-Bretanha 2003) e a somar pontos (13). Uma história que, se depender da torcida, tem tudo para ganhar novos capítulos.

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RÁPIDAS

COM CHUVA, GP GERAIS DEFINE TÍTULOS
NO CIRCUITO DOS CRISTAIS, EM CURVELO

A chuva acabou marcando presença na última etapa do GP Gerais, o Mineiro de Motovelocidade, disputada conjuntamente com a prova decisiva do Brasileiro, mas não atrapalhou os pegas no Circuito dos Cristais, em Curvelo. Se algumas categorias já contavam com campeões antecipados: casos da Supersport 600cc (o tri de Antônio Franzen); da Superbike Pro (o capixaba Rodrigo Dazzi) e da Superbike Master (Jirios Aboud, outro tricampeão), as demais definiram os melhores da temporada. Fábio Júnior Gomes levou a melhor na Naked (motos sem carenagem). Ronan Dias ficou com o título na Light 1.000cc e Willyans Suhr na Light 600cc. Diogo Hilel dominou a 300cc Sport, que reuniu os grids mais numerosos. A competição teve divulgado o pré-calendário de 2019, com início previsto para 24 de fevereiro e cinco etapas.

CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO CONSAGRA OS

MELHORES DO RALLY CROSS-COUNTRY

Palco da primeira prova do Mineiro de Rally Cross-Country/Baja, as estradas de terra no entorno de Conceição do Mato Dentro receberam também a última etapa da competição, definindo os campeões estaduais. Nas motos, festa de Marco Antônio Pereira, dono de várias participações de destaque no Rally dos Sertões. Cristiano Batista vendeu o duelo particular com Guilherme Cysne (melhor em 2017) e Maurício Rocha, o Ratinho, para se sagrar campeão na UTV/Elite, com um Can-Am X3. Entre os carros, festa de Fred Mol/Bosco Tomich, com um Mitsubishi ASX, superando Antônio Carlos Teixeira/Renan Lage (Sherpa).

BEM NAS PISTAS DE VERDADE,

IGOR FRAGA FAZ BONITO TAMBÉM NOS GAMES

Quarto colocado no Norte-Americano de F-2000, categoria que integra o programa de acesso à Fórmula Indy, Igor Fraga voltou a mostrar habilidade também no automobilismo virtual. Depois de representar o Brasil na primeira edição do Mundial de F-1 (eSports), ano passado, em Abu Dhabi, o piloto nascido em Kanazawa (Japão), de pais ipatinguenses, foi o melhor na final das Américas do campeonato FIA Gran Turismo, disputada em Las Vegas. Com isso, se qualificou para a decisão mundial, em Mônaco. Igor trabalha em busca de patrocinadores para prosseguir acelerando (de verdade) nos EUA, muito provavelmente disputando mais uma temporada na F-2000, em busca do título e da bolsa de incentivo.

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