Juiz cita 'objetos voadores', bombas, e cenário de guerra em súmula de jogo que rebaixou o Cruzeiro

Rodrigo Gini
08/12/2019 às 21:13.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:58
 (Luciano Dias)

(Luciano Dias)

O carioca Marcelo de Lima Henrique, árbitro de Cruzeiro x Palmeiras, não comprometeu o andamento da partida que marcou o rebaixamento inédito do time do Barro Preto à Série B do Brasileiro. E foi rápido ao relatar, em súmula, o conjunto de fatores que transformaram o Mineirão em praça de guerra, e forçaram o encerramento do jogo cinco minutos antes do tempo regulamentar.

O documento oficial do jogo cita desde copos d'água e latas atiradas das arquibancadas, até as cadeiras e bombas que teriam partido de torcedores em direção ao campo. Sinônimo de mais uma dor de cabeça para a diretoria celeste, já que, depois do clássico com o Atlético e da derrota para o CSA-AL, dificilmente o STJD deixará de aplicar punições pesadas, com a perda de vários mandos de campo nas competições nacionais em 2020.Luciano Dias / N/A

Rastro de destruição ficou pelo Mineirão

"A partida foi paralisada aos quarenta minutos e quarenta e dois segundos (40:42) do segundo tempo, em virtude de um tumulto generalizado onde se encontrava a torcida do Cruzeiro, atrás do gol (meta) defendida pela equipe do Palmeiras. Ato contínuo, foram arremessados vários objetos em direção ao campo de jogo (copos de água, lata de bebidas e cadeiras), caindo próximo à área técnica (banco de suplentes) da equipe do Cruzeiro.e também foram arremessadas bombas na direção do campo de jogo, caindo nos seus arredores. As bombas foram arremessadas do local onde se encontravam a torcida do Cruzeiro. No momento da paralisação, alguns torcedores adentraram nos arredores do campo de jogo e foram amparados pela força de segurança.após cerca de quatro minutos de paralisação da partida e presenciando que o tumulto não estava sendo contido e com o aumento do número de bombas e cadeiras arremessadas, prontamente perguntei ao chefe de policiamento de campo, o senhor Marcelo Soares de Araújo como estava sendo o trabalho de contenção do tumulto nas arquibancadas e sociais, o mesmo afirmou que a força policial que se encontrava nos locais de maior tumulto, com dificuldades para conter o tumulto e grande risco aos demais torcedores no estádio. Diante dos fatos presenciados, comuniquei aos capitães de ambas as equipes que a partida estava encerrada por falta de segurança para os atletas", relata o árbitro.

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