Santos de Cuca, finalista da Libertadores, tem 4 'titulares' do time de Sampaoli e esquema diferente

Alexandre Simões
@oalexsimoes
29/01/2021 às 11:31.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:02
 (Ivan Storti/Santos FC)

(Ivan Storti/Santos FC)

Everson; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique e Jorge; Diego Pituca, Carlso Sánchez e Jean Mota; Marinho, Eduardo Sasha e Soteldo. Este era basicamente o Santos titular em 2019, sob o comando de Jorge Sampaoli. Neste sábado (30), o Peixe joga a final da Copa Libertadores contra o Palmeiras, às 17h, no Maracanã, e apenas quatro desses jogadores começam o confronto: Lucas Veríssimo, Marinho e Soteldo.

Embora seja difícil tratar de equipe titular com Sampaoli, treinador que tem como característica rodar muito a equipe, é possível se chegar ao “11 ideal” analisando as fichas dos jogos na temporada 2019. E cinco titulares absolutos daquele Peixe nem estão mais na Vila Belmiro.Ivan Storti/Santos FCCuca montou um novo Santos na temporada 2020 e, mesmo com toda a crise do clube, levou a equipe à decisão da Copa Libertadores

O setor defensivo foi desmontado, pois Everson foi negociado com o Atlético; Victor Ferraz está no Grêmio; Gustavo Henrique defende o Flamengo e Jorge foi devolvido ao Mõnaco, da França, que o repassou ao Basel, da Suíça.

O uruguaio Carlos Sánchez segue na Vila Belmiro, mas só deve voltar a defender o time em maio, pois passou por uma cirurgia de ligamento cruzado no joelho esquerdo.

O atacante Eduardo Sasha foi vendido ao Atlético, que tentou ainda tirar Lucas Veríssimo do Santos, mas sem sucesso. Após a temporada 2020, o destino dele será o Benfica, de Portugal. Jean Mota segue no clube, mas na condição de reserva e inclusive enfrentou o Galo na derrota por 2 a 0, na última terça-feira (26), no Mineirão, em jogo adiado do Brasileirão.

Categorias de base

Além dos nomes no time considerado titular serem muito diferentes, há com Cuca um outro ponto que foi pouco valorizado por Sampaoli na sua passagem pela Vila Belmiro. A utilização das categorias de base.

“Em 2019, neste século, foi o ano em que o Santos menos usou garotos da base no time principal”, afirma Ademir Quintino, setorista do Peixe na Energia 97FM da Baixada Santista.

O clube, que vive grave crise política, inclusive com o impedimento do ex-presidente José Carlos Peres, que gastou demais na montagem principalmente do time de 2019, está impedido de registrar jogadores desde março, por causa de dívidas na Fifa, e Cuca teve de buscar as soluções para o seu time na base.

E peças como Kaio Jorge, Sandry, Lucas Braga, entre outros, foram ganhando espaço e mostrando qualidade, o que pode dar ao clube, além do retorno técnico, dentro de campo, o financeiro, com vendas futuras.

Se não bastasse a troca tão significativa de nomes, Ademir Quintino, que acompanha todos os jogos do Santos, não vê semelhança na maneira de jogar entre os times de Sampaoli e Cuca.

“O Sampaoli teve como mérito classificar o Santos para a Libertadores. Não se pode dizer que não é um grande treinador, mas a maneira de jogar com o Cuca é totalmente diferente. Em 2019, a marcação alta, que deixava muitos espaços, era usada em todos os jogos. E isso custou eliminações em copas, até mesmo para o Atlético. Agora, ela até é usada, em determinadas situações, mas a equipe é muito mais consistente, reativa, e assim conseguiu brilhar na Libertadores”.

Um no que simboliza esta maneira diferente de jogar é o volante Alison, peça importante no esquema de Cuca, mas reserva com Sampaoli.

Nessa “batalha” entre dois grandes treinadores da história do Atlético, pela paternidade do Santos finalista da Libertadores 2020, Cuca, que venceu a competição com o Galo, em 2013, e busca o bi pessoal, levou a melhor.

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