A Federação de Futebol dos Estados Unidos anunciou, nesta terça-feira (22), que o pagamento para atletas será igualitário para homens e mulheres. A medida atende a uma demanda antiga das jogadoras que clamava pelo Equal Pay, a equiparação dos salários e premiações com os membros da seleção masculina.

Em nota, a federação norte-americana afirmou que a medida reconhece o legado de antigas líderes da seleção nacional que tornaram este momento possível.

De acordo com o jornal New York Times, além dos salários e prêmios iguais a partir desta terça, a federação pagará US$ 24 milhões retroativamente para antigas atletas da seleção como forma de compensação pelo período em que os homens receberam valores mais altos.

A seleção feminina dos Estados Unidos é uma das mais tradicionais do esporte. As jogadoras norte-americanas já levantaram a Copa do Mundo 4 vezes; tem 4 ouros olímpicos e 8 títulos continentais da Copa Ouro.

Por outro lado, o futebol masculino está longe de ser uma equipe vitoriosa nos EUA. A melhor colocação dos homens na Copa do Mundo foi um 12º lugar em 2010 e já venceu a Copa Ouro em 7 oportunidades.

A luta das atletas pela igualdade salarial começou formalmente há seis anos, quando grandes nomes do esporte no país como Alex Morgan, Megan Rapinoe, Carli Lloyd, Becky Sauerbrunn e Hope Solo, entraram com uma ação judicial alegando discriminação na forma como a federação dos Estados Unidos pagavam homens e mulheres. O argumento foi negado pela Justiça Federal em 2020.