Sem clube desde o final do Mineiro, Fábio Júnior espera propostas do Brasil e exterior

Henrique André - Hoje em Dia
01/06/2015 às 08:03.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:18
 (LUCIANO CLAUDINO)

(LUCIANO CLAUDINO)

O verbo “abandonar” praticamente não faz parte do vocabulário e da vida do atacante Fábio Júnior. Das grandes paixões, a única que o jogador deixou de lado foi a criação de cavalos. Há 19 anos com Cristina, a primeira namorada – com quem afirma viver um eterno romance desde quando estava nas categorias de base do Democrata-GV–, aos 37 ele descarta dar adeus ao futebol.

Aguardando a abertura da janela de transferências do exterior, que acontece neste mês, o atacante conversa com representantes do futebol dos Emirados Árabes (onde atuou em 2005), da Índia e aguarda também propostas de clubes brasileiros. “Estou bem fisicamente e, mesmo sem clube, me cuido para voltar a jogar em breve”, diz. Ele disputou o Campeonato Mineiro pelo Guarani de Divinópolis. “Acompanho vários jogos e tenho certeza de que estou em condições de jogar por uns dois anos ainda”, acrescenta o pai da Isadora, de 9 anos, e Enzo, de 4.

Homem de negócios

Cuidando dos negócios que mantém com a esposa em São Pedro do Avaí, distrito de Manhuaçu, onde nasceu, Fábio Júnior aproveita o tempo longe da bola para curtir os amigos e a família. Investidor no ramo cafeeiro e dono de imóveis na capital, o jogador, mesmo sem ser questionado, se antecipa e em tom de descontração diz: “Falando assim, o povo vai achar que estou rico, mas não tem nada disso, viu?”.

Sobre as passagens por Cruzeiro (1997-98 e 2000), Atlético (2003 e 2005) e América (2010 a 2013), Fábio para, pensa e após um silêncio de segundos diz: “Ter atuado nos três grandes de Minas resume os meus planos profissionais desde que comecei. Apesar da rivalidade, tenho o respeito e o carinho das três torcidas e isso me deixa realizado”, diz.

Frustração

Mas o futebol reservou também momentos ruins na vida do “Carequinha”. Vendido pelo Cruzeiro ao Roma, em 1998, por cerca de R$ 19 milhões – na transação mais cara do futebol brasileiro à época –, aos 21 anos, ele criou nos italianos a expectativa de ser um novo Ronaldo (Fenômeno).

“A minha aparência e meu desempenho no Cruzeiro criaram essa expectativa, mas Ronaldo até hoje não apareceu outro”, afirma Fábio Júnior. “Fui bem e fiz alguns gols no primeiro ano, mas no segundo acabei sendo barrado pelo treinador”, acrescenta.

Na ocasião, o Roma era treinado por Fábio Capello e, de acordo com o brasileiro, a falta de oportunidades foi por perseguição do comandante.
 

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