Sem eventos e pira, estádio olímpico do rio fica “refém” de estrelas do atletismo

Henrique André
Enviado especial
04/08/2016 às 13:17.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:09
 (Henrique André/enviado especial)

(Henrique André/enviado especial)

RIO DE JANEIRO – O estádio olímpico, historicamente, sempre foi uma grande marca dos Jogos, desde a primeira edição da disputa na Era Moderna, em Atenas, em 1896, quando os gregos ergueram uma arena para 66 mil pessoas.

Na Rio-2016, esse cenário pode ser alterado. E a entrada do Estádio Olímpico João Havelange na história vai depender do que a turma do atletismo alcançar em seu campo e na sua pista.

Sem as cerimônias de abertura, amanhã, e encerramento, dia 21, que serão no Maracanã, e a Pira Olímpica, que ficará na Praça Mauá, no Centro da capital fluminense, o que nunca aconteceu nos Jogos de Verão da Era Moderna, o Engenhão, que recebeu ontem as primeiras competições da Rio-2016, dois jogos do futebol feminino, corre o risco de ser um coadjuvante.

História

Palco maior de todos os Jogos nos últimos 120 anos, os estádios olímpicos são ricos em história.

Quatro décadas após Atenas-1896, em Berlim, dentro de um estádio olímpico, Jesse Owens, um negro norte-americano, se tornou uma lenda ao derrotar o racismo de Hitler. A “Guerra Fria” ganhou contornos de ternura com o choro do ursinho Misha no encerramento de Moscou-1980.

Quatro anos depois, em Los Angeles, a emocionante chegada da maratonista suíça Gabrielle Andersen, cambaleante pelo esforço, comoveu o Coliseu, erguido para a disputa de 1932.

Em Pequim-2008, o Ninho do Pássaro entrou para a história como o mais belo de todos os estádios olímpicos. </CW>

Raio

Usain Bolt é o principal candidato a “salvar” o Estádio Olímpico do Rio, caso alcance na sua pista o tricampeonato nas três provas de velocidade do atletismo.

O Raio, como é conhecido o jamaicano, é o atual bicampeão olímpico nos 100m, 200m e 4x100m rasos. Se repetir no Rio de Janeiro o que já alcançou em Pequim e Londres, respectivamente, entrará definitivamente para a história. E levará com ele o “coadjuvante” Engenhão. 

Estreia

Enquanto o atletismo, esporte mais nobre dos Jogos, não começa, o que só acontecerá no dia 12, o Estádio Olímpico João Havelange recebe o futebol. Hoje, os dois confrontos do Grupo D pelo torneio masculino serão no estádio. Honduras e Argélia jogam às 15h. A segunda partida, às 18h, envolve Portugal e Argentina.

Ontem, pelo Grupo E do torneio feminino, após a vitória por 1 a 0 da Suécia sobre a África do Sul, o Brasil estreou goleando a China por 3 a 0, gols de Mônica, Andressa e Cristiane. Marta, a craque do time, passou em branco.

Que com Bolt e as outras estrelas do atletismo, seja diferente, pois está nas mãos e nos pés deles a entrada do Estádio Olímpico do Rio de Janeiro para a história.

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