Enviar um atleta de badminton aos Jogos Olímpicos do Japão, em 2020, por enquanto é algo inimaginável em Minas Gerais. Além da falta de apoio financeiro aos competidores, fato comum em várias modalidades, o esporte também carece de uma federação oficial no Estado.
Extinta há cerca de oito anos, a entidade deve ser reativada na capital nos próximos meses. A antiga sede da Febamg (Federação de Badminton de Minas Gerais) era em Uberlândia, no Triângulo.
300 atletas jogam badminton em Minas. Além da capital, o esporte é praticado em Sabará, Santos Dumont, Uberaba, Uberlândia e Juiz de Fora
“A única coisa que falta é o registro em cartório da organização. Deve acontecer em um ou dois meses” conta Cássio Carneiro, professor e aluno de badminton. Já em funcionamento, mas não oficializada como filial da Confederação Brasileira, a Febamg já organiza competições e cuida da modalidade no Estado.
“Temos o circuito mineiro, que é validado pela Confederação Brasileira, e que conta pontos no ranking estadual”, acrescenta Carneiro.
Barreiras
Um dos desafios para a entidade será permitir que a distância dos atletas do estado para a realidade internacional do esporte seja reduzida (ao menos encontrar raquetes, petecas e equipamento para a prática não é mais um desafio).
Os interessados em praticar o badminton na capital devem acessoar www.mukta.net.br. A mensalidade é de R$ 80, com direito a três idas por semana
Sem condições de viajar para buscar pontos no ranking internacional – um dos critérios para chegar aos Jogos –, os competidores mineiros ficam impossibilitados de repetir a façanha de Lohaynny Vicente e Ygor Coelho, os primeiros a representar o país em Olimpíadas.
No mês passado, os cariocas, de 20 e 19 anos, respectivamente, disputaram os Jogos Rio-2016 e iniciaram a história do país no evento esportivo mais importante do planeta. O badminton, popular na Ásia, se tornou esporte olímpico em Barcelona, 1992.