Semi da Copa do Brasil já é a mais 'campeã' da história

Estadão Conteúdo
16/10/2014 às 09:15.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:38
 (Divulgação)

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Cada vez mais elitizada. É isso o que os sete títulos dos atuais semifinalistas Cruzeiro e Flamengo apontam para o futuro da Copa do Brasil, famosa por projetar clubes nanicos para o cenário do futebol nacional. Caso o Santos avance nesta quinta-feira, diante do Botafogo, esse número sobe para oito. A edição de 2013 detinha o recorde até então, com seis e, logo em seguida, 2012, com cinco.

Ao lado do Grêmio, o Cruzeiro é o maior vencedor da competição, com quatro títulos. Flamengo e Corinthians estão logo atrás, com três triunfos cada. Apesar da facilidade no torneio mata-mata, o time mineiro não conquista o caneco desde 2003, ano da lendária tríplice coroa, quando derrotou o Flamengo na final, sob o comando de Alex e os gols do artilheiro Deivid.

O Flamengo é o atual campeão, após uma campanha turbulenta. O treinador Mano Menezes pediu demissão no meio da competição, por "não conseguir fazer com que a equipe jogasse o futebol que exige". Jayme de Almeida assumiu e levou o Fla ao terceiro título, derrotando o Atlético-PR na final.

TENDÊNCIA - Essa tríplice força torna esta semifinal da Copa do Brasil a com maior número de campeões da história. E a tendência é que essa situação se aprofunde, pois desde o ano passado clubes que disputam a Libertadores entram direto nas oitavas de final. É o caso de Flamengo e Cruzeiro em 2014 e do Grêmio em 2013.

Com isso, as surpresas se tornam cada vez mais escassas. Mesmo em 2012, quando ainda não havia esse atalho, os semifinalistas foram Palmeiras, Grêmio, São Paulo e Coritiba, todos campeões brasileiros. Em 2011 e 2010, as semifinais contaram com Ceará, Avaí, Vitória e Atlético-GO, clubes de menor expressão. Em 2011, ano em que o Vasco sagrou-se campeão, um fato curioso: os quatro semifinalistas não possuíam nenhum título da Copa do Brasil, situação que só ocorreu em 1989 (primeira edição), 1990, 1992 e 2007.

ZEBRA - Logo na terceira edição, em 1991, as zebras da Copa do Brasil mostraram que não estavam de brincadeira. Criciúma e Remo fizeram uma das mais improváveis semifinais até hoje. O time catarinense já havia sido semifinalista na edição do ano anterior, sendo derrotado pelo Goiás. Na temporada seguinte, a escrita foi diferente e o time comandado pelo então desconhecido Luiz Felipe Scolari derrotou o Grêmio na final.

Em 1999, foi a vez de outro time do Sul aprontar diante dos gigantes. O Juventude goleou o Fluminense por 6 a 0 em Caxias do Sul, ganhou duas vezes do Corinthians (2 a 0 e 1 a 0), aplicou novamente uma goleada, dessa vez sobre o Internacional, por 4 a 0 no beira-rio. Na final, bateu o Botafogo por 2 a 1 no jogo de ida, e segurou o empate sem gols no Maracanã. Título incontestável para a sensação gaúcha.

Nos anos 2000, foi a vez dos pequenos paulistas. Santo André, em 2004, e Paulista, em 2005, superaram Flamengo e Fluminense, respectivamente, em pleno Rio de Janeiro e entraram no rol dos campeões da Copa do Brasil. O Santo André calou um Maracanã com 70 mil flamenguistas, causando uma espécie de "Maracanazo".
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