(Arquivo Hoje em dia)
As semifinais da Copa do Brasil começam a ser disputadas nesta quarta-feira (29). Os confrontos entre os quatro sobreviventes reúnem um acervo histórico capaz de encher os olhos de qualquer diretor de museu. De um lado, Tostão x Pelé. De outro, Reinaldo x Zico. Imortais do futebol brasileiro que mediram forças e construíram dois capítulos independentes no esporte nacional. No Maracanã, o Atlético de Levir Culpi tenta minimizar as más lembranças dos confrontos com o Flamengo na década de 1980. Já o Cruzeiro de Marcelo Oliveira pretende manter a freguesia do Santos, iniciada nos anos 1960. A Raposa foi campeã da Taça Brasil em 1966 ao despachar o Santos de Pelé com duas vitórias. Figura central naquela conquista, o goleiro Raul lembra que havia um respeito enorme dos jogadores celestes em relação aos santistas. Era fã x ídolo. “Nós entramos em campo felizes da vida, porque íamos jogar contra os nossos ídolos. Os caras eram mitos. Por isso a gente pouco preocupava em ganhar. Mas essa alegria contribui para vencê-los”, afirmou o ex-goleiro da camisa amarela. A década de 80 foi de contraste para o torcedor do Galo. Alegria por ver uma das melhores gerações alvinegras em campo. Tristeza por conta dos títulos perdidos. Naqueles confrontos contra o Rubro-Negro, foi o vermelho dos cartões de Joé Roberto Wright e José de Assis Aragão que se destacou. O Atlético perdeu o título do Brasileiro de 1980 e foi eliminado na fase de grupos da Libertadores de 1981, ambos para os time carioca. “Flamengo e Atlético era a base da Seleção Brasileira. Um duelo que foi estragado pela arbitragem. Eram dois pesos e duas medidas na avaliação das jogadas. Enfim, o Flamengo não precisava de ajuda de juiz para ganhar da gente”, disse Luizinho, ao Hoje em Dia. Mata-mata O Atlético já enfrentou o Flamengo seis vezes em confrontos de mata-mata . O Galo conseguiu eliminar os cariocas do Brasileirão de 1986. Contudo, sobra frustrações. Em 1980, empate no placar agregado da final em 3 a 3, mas título para o Flamengo nos critérios de desempate. Na Libertadores de 1981, a lambança de Wrigth e a eliminação em Goiás. Em 1987, o Galo perdeu em casa por 3 a 2 e ficou fora da final. Houve ainda a derrota nas quartas da Copa do Brasil de 2005, quando o Fla goleou em casa por 4 a 1 e segurou o 0 a 0 no Mineirão. Força nacional O Cruzeiro derrotou o melhor time do mundo e começou a trajetória de carrasco santista. Em 1966, um massacre de 9 x 4 no agregado na final da Taça Brasil. Foi quando a Raposa mostrou sua força em cenário nacional. Depois, em 1987, com um gol impedido de Careca aos 47 minutos do segundo tempo, o time celeste venceu no Pacaembu por 1 a 0 e foi para a semifinal da Copa União . Em 2000, o Cruzeiro venceu a Copa do Brasil e eliminou o Santos na semifinal. Posteriormente, seria campeão do torneio vencendo o São Paulo.