Um dos vilões da massacrante derrota espanhola por 3 a 0 para o Brasil neste domingo, no Maracanã, pela final da Copa das Confederações, o zagueiro Sergio Ramos comentou sobre o pênalti perdido na segunda etapa da partida. Para o defensor, o lance será "mais uma anedota do futebol".
"São aqueles dias que nada dá certo. Pessoalmente, eu tinha muita confiança de que converteria o pênalti. Esperei até o final, tentei ajustar o máximo, e a bola foi para fora. É mais uma anedota do futebol. Neste esporte, nem sempre é possível ganhar", explicou o zagueiro.
Esta não foi a primeira vez que Sergio Ramos perdeu uma penalidade decisiva. Na semifinal da Liga dos Campeões da Europa de 2012, contra o Bayern de Munique, o
defensor do Real Madrid isolou a sua cobrança na decisão por pênaltis e acabou ajudando na eliminação merengue da competição. Na ocasião, foi muito criticado e zombado pela imprensa espanhola, que não aceitou a maneira como o arremate
foi realizado.
Neste domingo, a cobrança não foi tão pífia, mas a bola, novamente, não foi no alvo. O lance aconteceu aos nove minutos, quando o placar já mostrava 3 a 0 para o Brasil. Observado por Xavi, cobrador oficial da seleção espanhola, Sergio Ramos partiu para a cobrança e acabou mandando para fora, às direita do gol de Júlio Cesar. O pênalti, que poderia decretar uma ressureição de "La Roja" na partida, acabou decretando a primeira derrota da Espanha após 29 partidas oficias.
"Tinha que chegar um dia em que a seleção espanhola não iria ganhar, porque não somos máquinas. Deixamos a alma aqui para levar o título ao nosso país. Não conseguimos, porque houve uma seleção melhor que a nossa, mas temos a consciência que fomos vazios", avaliou Sergio Ramos, que ainda tentou explicar os motivos da
derrota.
"Quando se perde, tiram-se outras conclusões. Mas talvez tenha havido um grande desgaste físico, mas isso não é desculpa. Eles também tiveram uma semifinal exigente, se recuperaram melhor e fizeram uma partida muito boa", disse.
Além da perfeita atuação tática, outro fator foi determinante para a fácil e surpreendente vitória brasileira na fina da Copa das Confederações. O Maracanã, que passou quase três anos fechado para reformas, foi, de fato, batizado neste domingo. Participativa, a torcida verde e amarela cantou durante toda a partida e transformou o místico estádio carioca em um "inferno".
"Para eles, o Maracanã é uma vantagem. Sempre que há uma torcida contra mim, eu a tiro como fonte de motivação. Mas isto não explica o porquê de a nossa equipe ter jogado mal", encerrou o defensor.