Sette Câmara diz que Atlético não tentará punição ao Flamengo e ameniza celeuma por atraso salarial

Henrique André
@ohenriqueandre
01/10/2020 às 13:40.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:41
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Sem receitas com bilheteria e outras vindas da detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, o Atlético vai tentando se virar neste período de pandemia para minimizar os problemas internos referentes a pagamentos de salários e outros gastos essenciais. Neste momento, a pendência é em relação à folha de agosto.

De acordo com o presidente Sérgio Sette Câmara, o clube deixa de arrecadar, a cada jogo como mandante, cerca de R$ 800 mil. Em entrevista à Rádio 98FM, nesta quinta-feira (30), ele destacou o esforço da diretoria para que o alvinegro se fortaleça mesmo em meio ao drama causado pelo coronavírus. 

"O mercado de compra e venda de jogadores ainda está muito tímido. Temos um elenco valioso e estamos tentando segurar o máximo para brigar por coisas boas. Não tem havido muitas sondagens, devido à pandemia. Ela atinge clubes do mundo inteiro. É importante dizer que aqui no Atlético temos feito um trabalho de enxugamento muito grande em todas as áreas. Tínhamos uma folha administrativa que sofreu uma grande redução de março para cá. Hoje, conseguimos reduzir a nossa folha, como um todo, em 40% daquilo que vinha sendo pago nos últimos 10 anos", destacou Câmara.

Em busca de novas receitas, o mandatário do Atlético, que tem o mandato se encerrando em dezembro, pede apoio à torcida. Segundo ele, a única que pode ajudar neste momento de crise global.

"Estamos buscando recursos, pois não existe milagre. O torcedor quer um time forte, que brigue por campeonatos, que não desfaça de nenhum jogador, mas é importante que entenda a realidade. O torcedor é o único que pode carregar o clube neste momento, aderindo ao plano de sócio.

"Falar em atraso de uma folha de pagamento, é querer demais. Para tranquilizar o torcedor, andaram falando de perda de três pontos por atraso; se fizer isso com o Atlético, farão com todos os outros clubes e o futebol brasileiro vai parar. Estamos fazendo tudo o que podemos. Não posso é sair daqui e prometer que vou colocar tudo em dia. Ainda não temos uma árvore de dinheiro", acrescentou.

Flamengo banido

Em relação às fortes declarações que deu no fim de semana, quando o Flamengo pediu para que o jogo contra o Palmeiras fosse adiado, devido aos casos de Covid, Sette esclareceu que os meios utilizados pelo clube carioca para tal é que causaram incômodo e desrespeitaram acordos prévios feitos em reuniões entre clubes e CBF. Apesar de ter cogitado até a exclusão do rubro-negro da competição mais importante do país, ele apagou a fogueira nesta quinta.

"Tenho muito respeito pelo Flamengo e pelas pessoas que estão lá, mas esse tipo de situação não é aceitável. Já tivemos num passado situações situações similares a essa, até com o América (em 1993). Como o jogo aconteceu, entedemos que cabe apenas à procuradoria do STJD julgar a situação. Nós não tomaremos nenhuma iniciativa", finalizou.

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