Sinal amarelo ligado: Atlético perde para Botafogo e chega à quarta derrota consecutiva

Paulo Henrique Silva
08/09/2019 às 17:57.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:28
 (Bruno Cantini/Atlético/divulgação)

(Bruno Cantini/Atlético/divulgação)

Aos 33 minutos, Jair machuca. Zé Welison entra em seu lugar, já que Martínez foi convocado para a seleção paraguaia. Dez minutos depois, Welison perde a bola no meio-campo, iniciando o contra-ataque do Botafogo. Igor Rabello leva cartão amarelo, o primeiro dele em todo o campeonato. Na cobrança de falta, o zagueiro toca a bola com a mão e, além do pênalti, gera a expulsão.

Assim pode ser resumida a quarta derrota seguida do Galo no Campeonato Brasileiro, ao perder por 2 a 1 para o Botafogo, no estádio Nilton Santos. Azar de um lado – a contusão de Jair, que não tinha Martínez para substituí-lo, e dois cartões que Rabello tomou de uma vez – e falha de outro – a bola perdida por Zé Welison.

Apesar de bem na partida, estes dez minutos do primeiro tempo foram cruciais no destino do Atlético, que estaciona nos 27 pontos, permanecendo em oitavo lugar. Doze a menos do que o Flamengo e um a mais do que Atthletico Paranaense e Botafogo.

A derrota empanou a estreia do goleiro Wilson e ligou o sinal amarelo no CT de Vespasiano. O Atlético volta a jogar no domingo, às 11h, no Independência, contra o Internacional, sexto colocado, com o resultado não podendo ser outro que não a vitória.

Com uma boa postura na marcação, o Atlético chegou três vezes com facilidade à área botafoguense, nos primeiros dez minutos.  Num destes lances, o zagueiro Marcelo Benevenuto, que substitui Gabriel (jogador emprestado pelo Galo), quase marcou contra ao cortar um cruzamento de Fábio Santos.

Além de buscar as jogadas na grande área, outra aposta do Atlético foram os chutes de longa distância, nos pés de Cazares e Vinicius, sempre com perigo. Como mostrou nos dois jogos de oitavas de final da Copa Sul-Americana, o Botafogo tem muita dificuldade para fazer uma marcação mais forte.

O Botafogo passou a querer dar o ritmo do jogo, mas avançando de maneira muito lenta, com muitos passes de lado. Enquanto o Atlético, sempre que tinha a posse, partia em rápidos contra-ataques. Foi assim que Ricardo Oliveira quase abriu o placar, que, no primeiro pau, desviou com a cabeça a bola lançada por Fábio Santos. Foi por pouco.

No momento em que usou a velocidade, os donos da casa chegaram mais perto do gol. Marcinho avançou até a entrada da grande área e conseguiu espaço para chutar, obrigando Wilson a espalmar a bola. Primeira boa intervenção do goleiro atleticano, contratado às pressas devido à convocação de Cleiton para a seleção olímpica e à contusão de Victor.

Em outro lance de velocidade, após um erro de Zé Welison (semelhante ao que fez diante do Cruzeiro, durante a Copa do Brasil, quando Pedro Rocha marcou o gol), que havia entrado no lugar de Jair, machucado, o Botafogo partiu com Alex Santana, obrigando Igor Rabello a fazer falta, levando o cartão amarelo.

O cartão acabou culminando, segundos depois, na expulsão do zagueiro, na cobrança de falta de Gilson. A bola bateu no braço de Rabello, que, na interpretação do árbitro Bráulio da Silva Machado, avisado pelo VAR, teria aberto mias do que devia, numa ação intencional. Pênalti cobrado por Diego Souza. Wilson pulou do lado certo, mas não conseguiu evitar o gol.

Logo na volta do segundo tempo, o Botafogo teve duas chances de ampliar o placar. Na primeira, Diego Souza invadiu na área pela direita, Wilson fechou o ângulo e espalmou a bola. O Galo não recuou: Cazares cobrou falta e Diego Cavalieri teve que subir e mandar a bola para fora. No escanteio, Léo Silva cabeceou e acertou a trave.

Apesar de ter um jogador a menos, o Atlético ficou mais presente no ataque. Mas, num novo contra-ataque, quando todos os jogadores mineiros estavam à frente, Valencia lançou para Alex Santana, que venceu Fábio Santos na corrida e concluiu para gol, sem chance de defesa para Wilson.

O Galo desperdiçou várias chances, a principal delas com Chará, que, na pequena área, recebeu ótimo passe de Cazares, mas acaba chutando por cima do travessão. No finzinho do jogo, quando a torcida gritava “olé!” a cada toque do Botafogo. Patric cruzou para a área, Vinícius tocou de cabeça e a bola sobrou para Di Santo arrematar para gol. Em dois jogos, é o primeiro do atacante argentino.

 BOTAFOGO 2 X 1 ATLÉTICO

GOLS – Diego Souza, aos 44 minutos do primeiro tempo. Alex Santana, aos 20, e Di Santo, aos 47 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Réver, Igor Rabello, Joel Carli, Fernando, Marcelo Benevenuto, Fábio Santos, Luiz Fernando

CARTÃO VERMELHO – Igor Rabello

BOTAFOGO – Diego Cavalieri, Fernando (Gustavo Bochecha),  Joel Carli, Marcelo Benevenuto, Gilson, Alex Santana, João Paulo (Leonardo Valencia), Cicero, Luiz Fernando, Marcinho e Diego Souza (Vinícius Tanque). Técnico: Eduardo Barroca.

ATLÉTICO – Wilson, Patric, Réver, Igor Rabello, Fábio Santos, Jair (Zé Welison), Elias, Cazares, Vinicius, Chará (Di Santo) e Ricardo Oliveira (Leonardo Silva). Técnico:  Rodrigo Santana.

LOCAL – Estádio Nilton Santos (Rio de Janeiro)

PÚBLICO – 10.678 pagantes

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por