Slackline nas alturas muda vida de professor

Gláucio Castro - Hoje em Dia
30/01/2016 às 09:37.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:14
 (Murilo Vargas)

(Murilo Vargas)

Equilibrar-se em cima de uma fita de cinco centímetros de largura virou a sensação do momento. Seja na Praça da Liberdade, do Papa ou na Lagoa da Pampulha, sempre há alguém praticando o slackline. O esporte também é a paixão do professor de Educação Física Gustavo Mendes Fontes, de 30 anos.

Ele seria apenas mais um fã da modalidade, não fosse por um detalhe bem particular. Enquanto a maioria das pessoas estica a fita a cerca de 30 centímetros do solo, Gustavo desafia a gravidade em altitudes que beiram os três mil metros na prática do high line. Em algumas delas, como a Cachoeira do Tabuleiro, na Serra do Cipó, com 273 metros de altura, ele não usa qualquer cinto de proteção preso à fita.

O que parece loucura para muita gente, para Gustavo é muito mais simples que atravessar uma rua. “Não acho que estou correndo risco nenhum. Muito pelo contrário. Estou bem seguro do que faço. Este esporte transformou a minha vida”, explica o aventureiro.

“Eu gostava de sair, chegar tarde, não tinha uma alimentação balanceada. Então eu comecei a praticar este e outros esportes radicais mais seriamente e quis me alimentar e me cuidar melhor. Hoje sou muito mais equilibrado, ponderado e tranquilo. Minha vida é outra”, completa ele.

A paixão por esportes radicais é tanta que ele se mudou para a Serra do Cipó, onde já deu aulas de escalada e hoje esta mergulhado em projetos que aliam a prática esportiva ao turismo. “Foi a maneira que eu encontrei de estar mais conectado com a natureza, sair dos padrões massificados que a sociedade impõe em uma cidade grande”, diz Gustavo.

O professor conheceu o slackline em uma academia de Belo Horizonte e, como já gostava de escalar, resolveu tentar o high line.

No Parque Nacional do Itatiaia, no Rio de Janeiro, ele atravessou dois pontos que estavam a 42 metros de distância, a 2.750 metros de altitude. Neste tipo de travessia, Gustavo usa uma corda de segurança presa à cintura.

Mas, em altitudes menores para ele – e impressionante para quem não está acostumado –, Gustavo não usa equipamento de segurança: “Como é uma prática de alto risco, eu tenho que estar bem concentrado. Se cair, consigo segurar na fita e termino o percurso sentado até chegar.”

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