Sobrevivente do terremoto no Haiti vira herói após gol no Brasil

Estadão Conteúdo
14/06/2016 às 15:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:53
 (Reprodução/You Tube)

(Reprodução/You Tube)

Até o início da Copa América, o atacante haitiano James Marcelin já tinha uma história extraordinária para contar.

Depois de sobreviver ao terremoto que atingiu o país em 2010 que deixou mais de 100 mil mortos, o atacante ficou duas semanas perambulando pelas ruas arrasadas até ser encontrado.

Sensibilizado, o time norte-americano Timbers contratou-o meses depois. Hoje, atua no Carolina RailHawks, que disputa o North American Soccer League (NASL), uma espécie de segunda divisão.

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Após a Copa América, Marcelin adicionou mais um fato extraordinário para sua carreira: fez um gol no Brasil na Copa América Centenário.

Para os haitianos, o tento foi um feito histórico. Isso ficou claro na maneira como a seleção foi recebida no retorno ao país. Não houve festa extraordinária, porque a campanha não foi lá essas coisas, foram três derrotas, duas delas com goleadas para Equador e Brasil.

Mas Marcelin foi o mais saudado. Foi o primeiro gol haitiano na história dos confrontos com o Brasil.

"Esse foi um gol histórico para os haitianos. Apesar do resultado elástico, Marcelin já está na história do futebol haitiano", diz Rafael Bueno, técnico do Pérolas Negras, time haitiano que disputa torneios de base no Rio de Janeiro com o apoio da organização social Viva Rio.

Atualmente, 18 jogadores haitianos da equipe sub-20 disputam torneios regionais no Rio de Janeiro. Em junho, estão disputando a taça Corcovado. 

Em julho, vai jogar um campeonato regional na Zona da Mata, com equipes da região, como Tupi JF e Sport. No dia do jogo contra o Brasil, os garotos vibraram como se estivessem no estádio. "Eles admiram muito o futebol brasileiro", diz Bueno.
http://www.estadao.com.br

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