Sonho de infância e inspiração na geração de 1992 marcam ouro olímpico de William

Henrique André
Enviado especial
21/08/2016 às 18:32.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:29
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

RIO DE JANEIRO - Um sonho de criança realizado aos 37 anos. Este é o significado da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos para o levantador William Arjona. Convocado para ser o suplente de Bruninho, o jogador do Sada Cruzeiro, mesmo não figurando entre os titulares, teve papel de protagonismo durante a campanha do tricampeonato.

“Estou feliz demais por viver isso e fazer parte de um ciclo olímpico assim. Olimpíada é uma coisa única e sensacional. Hoje eu queria ter meus 19 anos para jogar mais umas três ou quatro” comenta o levantador. “Demorei, cheguei, ganhei, mas eu queria mais. Se depender de mim eu queria ir à Tóquio. Eu não sabia que era tão legal”, acrescenta.

Fã da geração de 1992, campeã em Barcelona, William se inspirou em Tande e companhia para repetir o feito e colocar a medalha de ouro no peito. Recompensado com o primeiro lugar no pódio, o “menino de 37 anos” voltou à infância e relembrou os tenhos que o sonho parecia distante.

“É sensacional. Ainda não sei o peso desta medalha. É meu título de criança, aquele sonho de moleque. Vem na cabeça 1992, que foi a Olimpíada que eu mais acompanhei. Foi no dia do meu aniversário. Hoje olho para ela e vejo que sou campeão olímpico” desabafa o paulista.

Feito criança nos parques da Disney. William ousa e afirma ter sido o atleta que mais aproveitou os Jogos e a Vila Olímpica, local de moradia de todas as delegações que estiveram no Rio de Janeiro.

“Eu andava pela Vila e sentia a energia dos atletas. Talvez eu tenha sido o cara que mais aproveitou isso aqui. Andei de bicicleta todo dia, rodei a Vila. Não sei se é a última (Olimpíada), mas aproveitei ela como se fosse”, conta o jogador multicampeão em Minas Gerais.

Sobre a coincidência de tempo para o Brasil conquistar o ouro – 12 anos da primeira para a segunda e o mesmo tempo para a terceira – William diz que, se depender dele, o prazo será reduzido drasticamente.

“Se depender de mim vai encurtar. Tem muita coisa pela frente. Hoje eu queria que este momento não acabasse nunca”, finaliza. 
 Flávio Tavares/Hoje em Dia / N/A

AMIZADE ANTIGA - Wallace e William, que jogaram juntos por seis temporadas no Cruzeiro, comemoram o inédito ouro olímpico de suas carreiras

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