O atacante uruguaio Luis Suárez, do Barcelona, afirmou nesta quinta-feira (21) que se sente incomodado com a forma com a qual o companheiro Neymar está sendo responsabilizado pela má fase do time catalão.

"Somos seres humanos, não máquinas. Podemos ter altos e baixos, como eu mesmo já tive, como há teve qualquer outro companheiro e isso me incomoda, porque tentam colocar na conta dele, mas no ano passado, quando ganhávamos, ninguém dizia que Ney ganhava sozinho", argumentou o 'Pistoleiro', num evento beneficente.

"Doí porque é um menino com sentimentos e é meu amigo. Todos tratamos de nos apoiar", rebateu o uruguaio, autor de quatro dos oito gols do Barça na vitória por 8 a 0 sobre o Deportivo de la Coruña, que acabou com uma série de três derrotas seguidas na Liga Espanhola.

"Precisávamos de uma vitória como essa, porque sofremos bastante nas últimas partidas", lembrou o atacante, que chegou à marca de 30 gols na Liga, um a menos que o artilheiro da competição, o português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid.

O Barça lidera o campeonato com os mesmos 79 pontos do Atlético de Madri, um de vantagem sobre o Real Madrid.
"Estamos convencidos de que podemos ganhar a Liga Espanhola, queremos ganhá-la e não pensamos em outra possibilidade", ressaltou o camisa 9.

"Logo mais teremos a fina da Copa do Rei (contra o Sevilla no dia 22 de maio) e seria lindo conquistar dois títulos, apesar da eliminação na Champions (nas quartas de final, contra o Atlético", completou o uruguaio.
Apesar da vitória elástica de quarta-feira, a imprensa espanhola voltou a criticar Neymar, que marcou um gol contra o La Coruña, mas não chegou a ter uma atuação brilhante. 

"Tridente com gosto de dupla" alfinetou o jornal madrilenho Marca, que destacou a melhora de Suárez e Messi, mas argumentou que "Neymar continua no Brasil. Fez um gol, mas desperdiçou muito",

"Neymar Perdeu parte do ímpeto e do jeito atrevido que o caracteriza, mas contra o Deportivo deixou claro que não pensa em baixar os braços", ponderou o diário catalão Sport que, avisou, no entanto, que o brasileiro "precisa recuperar a confiança de forma urgente".