(AFP )
As autoridades da Suíça anunciaram nesta quinta-feira (15) a aprovação da extradição aos Estados Unidos do cartola nicaraguense Julio Rocha, ex-presidente da federação de futebol do seu país. Rocha é um dos sete dirigentes presos em Zurique no dia 27 de maio -entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin-, todos acusados de envolvimento num esquema de corrupção no futebol.
Segundo o governo suíço, o pedido dos Estados Unidos preencheu todos os requisitos necessários para a extradição de Rocha. Com esta decisão, resta apenas uma definição sobre Marin, o único entre os sete que ainda aguarda uma resposta do governo suíço sobre o pedido de transferência aos Estados Unidos.
Além de Rocha, a Suíça já aprovou a extradição do dirigente uruguaio Eugenio Figueiredo, do venezuelano Rafael Esquivel, do cartola da Costa Rica Eduardo Li e do britânico Costas Takkas (ligado à Associação de Futebol das Ilhas Cayman) Todos têm um prazo de 30 dias para recorrer da decisão com recurso no Tribunal Penal Federal. O sétimo é Jeffrey Webb, ex-presidente da Concacaf, que aceitou espontaneamente ser transferido em julho para os EUA, onde cumpre prisão domiciliar.
A expectativa é que a decisão sobre Marin seja também pela extradição. Diante dos pedidos de transferência aprovados pela Suíça, a defesa do brasileiro avalia que dificilmente conseguirá barrar a de Marin e já negocia com os Estados Unidos o pagamento de uma fiança para que ele responda o processo em prisão domiciliar em Nova York, cidade onde tem apartamento.
Os cartolas presos são acusados pelas autoridades dos EUA de envolvimento num esquema de propina relacionado a direitos de transmissão de torneios na América Latina, incluindo as edições da Copa América de 2015, 2017, 2019 e 2023.