Técnico do América, Givanildo Oliveira nasceu no ano do primeiro título profissional do clube

Henrique André
29/04/2019 às 18:22.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:26
 (Ed. Arte)

(Ed. Arte)

Comandante de alguns dos títulos mais importantes da história do América, o técnico Givanildo Oliveira tem ligação impressionante com o clube, que hoje completa 107 anos de vida. Em 1948, ano em que nasceu o comandante, o Coelho conquistava o primeiro Estadual como profissional, na época da ampliação do estádio da Alameda e da conquista da “Taça dos Campeões”, apenas alguns meses antes.

Campeão da Série B do Campeonato Brasileiro, em 1997, da Série C, em 2009, e do Campeonato Mineiro de 2016, Givanildo também marca seu nome na história do clube pelo acesso à elite do futebol nacional em 2015. 

Atual técnico do Coelho, o pernambucano de 70 anos tem a missão de colocar o alviverde entre os quatro melhores da Segunda Divisão nacional e, em 2020, voltar a brigar com os gigantes do país.

Caneco de 1948

Comandado por uma geração de ídolos, como os lendários Yustrich, Valsechi, Petrônio e Murilinho, a conquista do América em 1948 serviu para confirmar o ressurgimento do clube em Minas Gerais. Antes, o time viveu uma década de 1930 bastante conturbada.

Em busca da primeira volta olímpica na Era do Profissionalismo, o Coelho passou a maior parte da competição estadual entre o segundo e terceiro lugares. O Atlético, bicampeão em 1946 e 1947, superou o alviverde nos dois primeiros duelos entre eles na competição, e era tido como o grande favorito ao título. Na época, o rival alvinegro era temido pelo fortíssimo ataque, composto por Lucas Miranda, Alvinho, Carlyle, Lauro e Nívio.

Para chegar à grande final, o América nem precisou entrar em campo. Na penúltima rodada, o Galo deixou o Palestra Itália (hoje Cruzeiro) para trás, no duelo que terminou 2 a 2 e que beneficiou aquele que se tornaria campeão.

Arbitragem do exterior

Batendo de frente com os interesses do Atlético, que queria que o lendário Cidinho “Bola Nossa” fosse o árbitro central do confronto decisivo, a diretoria do América apelou à Federação Carioca, solicitando a arbitragem do juiz britânico “Mr. Barrick” para a grande final. Com o pedido atendido a dois dias do duelo, mesmo com a reclamação do rival, o clássico entrou para a história, já que foi o primeiro em Minas a ter um gringo como “dono do apito”.

No dia 28 de novembro, data do confronto, a bola rolou às 16h, no recém-reformulado Campo da Alameda, onde hoje está instalado um grande supermercado da capital.
Inspirado e disposto a superar o favorito ao caneco, o América abriu o placar logo aos 3 minutos, com Murilinho. Aos 42, após falha grotesca de Kafunga, Petrônio ampliou o marcador. No início da segunda etapa, Nívio descontou para o Atlético; contudo, minutos depois, Hélio, em nova falha do arqueiro do Galo, fazia o gol do título.

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