Times da Liga Sul-Minas-Rio ameaçam boicote ao Campeonato Brasileiro

Hoje em Dia
19/01/2016 às 19:54.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:05
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Reunidos nesta terça-feira (19), no Rio de Janeiro, dirigentes dos clubes integrantes da Liga Sul-Minas-Rio garantiram que disputarão o torneio mesmo sem o aval da CBF e "compraram a briga" do Flamengo e do Fluminense, alvos de pressão da Federação do Rio de Janeiro (Ferj) para não participarem desta edição inaugural da competição.

Os representantes, inclusive, prometeram levar a realização da Primeira Liga em 2016 até as últimas consequências. Segundo informação de bastidores divulgada pelo portal Terra, os clubes se dizem dispostos a não disputar o Campeonato Brasileiro em boicote à CBF e às federações estaduais. Conforme a publicação, Atlético e Cruzeiro estão entre as agremiações que assumiram esse compromisso, caso a dupla carioca seja punida pela Ferj.

A federação carioca só permite a participação dos clubes do estado em outros torneios se foram cumpridos alguns pré-requisitos. Clique aqui para ler mais.

Presidente da Liga Sul-Minas-Rio, o mandatário do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, terá uma reunião nesta semana com o manda-chuva da Ferj, Rubens Lopes. O encontro no Rio de Janeiro pode solucionar o conflito e acontecerá sem a presença de representantes do Flamengo ou do Fluminense.

Na reunião desta terça-feira (19), também ficou decidido que Fred Luz, executivo do Flamengo, será o novo CEO (diretor-executivo) da entidade. Ele ocupará o lugar do ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil, que deixou o cargo no último dia 19 de dezembro. O posto ficou vago por quase um mês.

A entidade emitiu um nota oficial após a reunião de hoje, porém, não citou o impasse sobre a participação dos cariocas.

Leia a nota na íntegra:

• Foi com grande senso de responsabilidade e comprometimento que em setembro de 2015, após várias reuniões, os 15 clubes de futebol que subscrevem este comunicado fundaram a Primeira Liga, visando organizar uma competição entre seus filiados, a qual iniciará no dia 27 deste mês.

• Desde o princípio os 15 clubes seguiram estritamente todas as obrigações exigidas pela Lei Pelé, pelo Estatuto do Torcedor e pelo Código Civil. A Primeira Liga, acima de tudo, é uma entidade legalista, no sentido jurídico da palavra. Quaisquer afirmações de que a Primeira Liga não teria obedecido a legislação brasileira não passam de retórica infundada, derivada exclusivamente do medo que impera em algumas entidades de que finalmente os clubes tenham o papel que lhes cabe na organização do futebol brasileiro.

• Somos conhecedores da realidade do futebol e de seus problemas atuais. Sabemos da responsabilidade que temos com os torcedores de cada um dos 15 clubes. Por isto, fundar a Primeira Liga não foi apenas um ato para criar uma nova competição, mas também uma iniciativa que objetiva iniciar um novo processo de discussão dos problemas do futebol no Brasil.

• Nas últimas semanas o Presidente da Primeira Liga manteve constante contato com diretores da CBF e com o Presidente licenciado, Marco Polo Del Nero, visando a integração da competição ao calendário de 2017, mediante algumas modificações nos critérios da competição. A partir disto, obtivemos o compromisso de que não haveria objeção por parte da CBF com relação a realização da competição em 2016.

• Nossa grande resposta será dada dentro de campo. Por isso, convocamos os torcedores do futebol para que mostrem juntamente conosco a força dos clubes no futebol nacional. Façamos da Copa Sul-Minas-Rio uma grande festa, onde não deve haver lugar para a violência e o torcedor possa mostrar seu orgulho de apoiar o clube do coração. Desejamos que, dentro de campo, vença o melhor, e que este seja coroado, no dia 31 de março, com o troféu de campeão da primeira competição oficial da Primeira Liga.

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