Minas Gerais volta a receber o melhor do vôlei sul-americano de clubes a partir da semana que vem, repetindo uma fórmula de sucesso na temporada passada.

O entendimento entre as equipes do estado, a Federação Mineira (FMV) e a Confederação Sul-Americana (CSV) deu ao Minas Tênis Clube, mais uma vez, a condição de anfitrião dos campeonatos que apontarão os representantes da região nos Mundiais, que podem passar por uma mudança radical este ano. Há planos da Federação Internacional (FIVB) de simplificar a disputa global, transformando-a num duelo entre os melhores de América e Europa.

A movimentação na Arena JK se inicia terça-feira, com a abertura do Sul-Americano Feminino. A competição reunirá, além do Dentil Praia Clube (vencedor da Superliga 2017/2018) e do Itambé Minas, atual campeão, os argentinos Boca Juniors e San Lorenzo e o boliviano Olympic Club. O número ímpar de participantes impediu a formação de grupos – o melhor será conhecido na soma dos pontos ao fim das quatro rodadas em que todos se enfrentam.

Para as duas equipes mineiras, será mais uma etapa de uma maratona que as fez jogar mais do que boa parte das rivais na Superliga. Um esforço iniciado no Mundial de Clubes da China, em dezembro, que terminou com o vice-campeonato do Minas e o quarto lugar do Praia Clube.

Neste ano, elas chegaram até a decisão da Copa Brasil, em Gramado (RS), vencida pelo time de Belo Horizonte. E não podem ser dar o luxo de deixar em segundo plano a competição nacional, em que despontam como as principais candidatas ao título – as meninas comandadas por Stefano Lavarini, segudas pelas orientadas por Paulo Coco.

Grupos

No Masculino, que será disputado entre os dias 26 deste mês e 2 de março, a presença de seis participantes levou à divisão em duas chaves encabeçadas pelos mineiros.

Em busca do sexto título, o Sada Cruzeiro estará ao lado do Obras de San Juan, da Argentina, e do Nacional-URU.

Já o Fiat Minas encara o Regatas Lima e o UPCN, atual campeão argentino. Os representantes brasileiros fazem seus confrontos nas duas primeiras rodadas da fase classificatória, com a terceira reservada para os jogos entre os estrangeiros.

Os dois melhores de cada grupo avançam às semifinais, em cruzamento olímpico – antes está prevista a disputa de quinto e sexto lugares. No sábado é a vez da disputa da medalha de bronze e da grande decisão – os horários serão oficializados nos próximos dias.

A ausência na edição deste ano é o Bolivar, que se sagrou quarta-feira campeão da primeira edição da Copa Libertadores de vôlei, iniciativa que uniu clubes brasileiros e argentinos.

A equipe da cidade de San Carlos de Bolivar não conseguiu conquistar um dos títulos classificatórios para o Sul-Americano: a Liga Aclav A1 (o Campeonato Nacional) e a Copa da Argentina).

Superliga

Antes de voltarem as atenções às respectivas competições internacionais, os quatro times mineiros voltam à quadra a partir de hoje para seus desafios pelo returno da Superliga. Entre as mulheres, o líder Itambé Minas recebe o perigoso Osasco Audax às 21h30 na Arena JK. A equipe do técnico Luizomar de Moura ocupa a quinta posição, com 31 pontos, e briga pelo quarto lugar com o Hinode Barueri (32).

“É um time que vem em ascensão, com muitas jogadoras experientes, que querem brigar para avançar na tabela. Temos que armar uma estratégia pra tentar parar o poder de ataque e defesa que elas possuem”, resumiu a capitã Carol Gattaz. Mais cedo (19h30), o Praia Clube enfrenta, em Uberlândia, o Fluminense, que hoje ocuparia a oitava e última vaga nas quartas de final.

No masculino, o Sada Cruzeiro defende a liderança sábado, às 19h, no Riachão, contra o Renata Campinas, sétimo colocado. Já o Fiat Minas, que fez jogo equilibrado com o Taubaté mas acabou superado por 3 a 2 no interior paulista, recebe domingo, às 11h, o Sesc-RJ, terceiro colocado. É o reencontro depois da classificação do time de Nery Tambeiro às finais da Copa Brasil com vitória sobre o time de Giovane Gávio no Rio.

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