A vitória por 2 a 0 sobre a Argentina, nessa terça-feira (2), e a boa atuação no Mineirão foram um alívio para os jogadores da Seleção Brasileira e para o técnico Tite.

Mais do que a classificação para a final da Copa América, o triunfo convincente sobre o maior rival alivia a pressão do grupo, que vinha sendo contestado após a campanha instável no torneio.

O principal personagem da partida foi o atacante Gabriel Jesus, que marcou um gol e deu assistência para Roberto Firmino selar a vantagem brasileira.

Após o duelo, o comandante da Seleção fez questão de destacar a atuação do camisa 9 do Manchester City, que ainda não marcava pela Amarelinha em jogos oficiais há mais de 600 dias.

“A segunda jogada (do gol) foi de velocidade, de exposição. A gente tem jogadores com essas características. Vai rodando, vai diluindo, entra num ritmo melhor. O Gabriel cativa todos profissionais que trabalham com ele. Ele tem uma marca, não se entrega nunca. Eu só coloco para ele para suportar a dor um pouquinho. Ele vai refinar a conclusão, porque é jovem, está trabalhando em um grande centro. Vai melhorar. Se pedir para fazer 50 finalizações, ele vai fazer 51”, completou Tite.

Quem também mereceu elogios do treinador foi Daniel Alves. Com uma grande atuação, que teve direito a um chapéu no defensor argentino no lance do primeiro gol, o lateral-direito foi um dos protagonistas do triunfo brasileiro.

“A força mental é uma parte. Mas se não tivesse todo o cuidado que teve na recuperação, se o PSG não tivesse dado todas condições de evolução, ele não chegava nesse estádio. Essa capacidade mental de recuperação. Segundo essa capacidade física e técnica. O adversário começou a explorar. Fico feliz pela naturalidade que ele tem. O Dani é do bem, que bom que é poder lidar com atletas com essa capacidade e essa característica”, pontuou o técnico, lembrando da lesão do jogador, que o tirou da Copa do Mundo da Rússia, no ano passado.

Maracanã

Tite também vibrou com a chance de treinar a Seleção Brasileira pela primeira vez no Maracanã. O Brasil não atua com o time principal no maior palco do futebol brasileiro desde 2013, na final da Copa das Confederações, contra a Espanha.

“A primeira coisa que me remete foi a gratidão no início da carreira, meu diretor no Veranópolis, que falava que o primeiro a gente nunca esquece. Foi lá no Veranópolis. Chego com muita tranquilidade, sabendo que é uma exposição muito grande. Mas com muita paz, de fazer o trabalho, de seguir na mesma forma, preparação, pedindo para os atletas buscarem recuperação. Tem outra coisa, vou me tornar verdadeiramente técnico da seleção brasileira. A boleirada fala assim: "jogou bola?". Eu falo: "joguei". Eles perguntam: "jogou no Maracanã?". Eu vou treinar no Maracanã”.

O Brasil agora aguarda o vencedor do duelo entre Chile e Peru, que se enfrentam nesta quarta-feira, às 21h30, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, para conhecer seu adversário na decisão.

A finalíssima da Copa América está marcada para o próximo domingo (7), às 17h, no Maraca.

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