Tite reencontra o Equador um ano depois da estreia na Seleção. Quanta diferença...

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
30/08/2017 às 19:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:20
 (Lucas Figueiredo/CBF)

(Lucas Figueiredo/CBF)

Estádio Atahualpa, Quito, 1º de setembro de 2016. Começava ali a prova de fogo de um treinador que, depois de vencer tudo que era possível nos clubes, finalmente aceitou o convite para dirigir a Seleção Brasileira, num momento delicado. A caminhada do Brasil rumo à Copa do Mundo da Rússia se iniciou com o retorno de Dunga ao banco de reservas e uma campanha indigna do único país a disputar todos os Mundiais. O saldo dos seis primeiros jogos deixava a equipe canarinho numa sexta posição que, terminassem ali as Eliminatórias Sul-Americanas, não seria sequer sinônimo de repescagem.

Pois 364 dias depois, lá está novamente Tite diante do Equador, agora na Arena do Grêmio, às 21h45 (de Brasília), pela 14ª rodada da disputa na Conmebol. Missão cumprida com folga, um futebol que amadureceu e deixou de ser apenas "um amontoado de craques", ou o time da "Neymardependência" e um otimismo para encarar os gramados russos no ano que vem que se baseia não só na torcida pura e simples, mas na frieza dos números e na força dos resultados. A vice-campeã Argentina goleada no Mineirão. O Uruguai, eterno rival, humilhado em pleno Estádio Centenário. E a condição de primeiro em todo o mundo a garantir, no campo, uma classificação que pareceu tão distante.

O "professor" Adenor Bachi certamente une a alegria ao alívio, já que a missão não era das mais simples. Sob seu comando, o Brasil viu suas virtudes amplificadas (além de Neymar, Gabriel Jesus e Phillipe Coutinho vivem ótimo momento), e os defeitos sanados. Todos ocupam espaços; os volantes não se limitam à função defensiva e aparecem como opções no ataque e o futebol mostrado está longe de ser previsível, como vinha sendo o caso.

Evolução constante

Tite sabe, no entanto, que ainda é preciso melhorar. Evoluir sempre, e testar o "novo" Brasil diante das escolas europeia e africana, o que ocorrerá em amistosos (inclusive contra a campeã mundial Alemanha). Assimilar as lições dos poucos momentos negativos (a bem da verdade, apenas a derrota por 1 a 0 para a mesma Argentina em amistoso na Austrália) e abastecer a confiança com boas atuações nas partidas restantes, a começar pela de hoje, sem se deixar levar pelo otimismo de ocasião. Até mesmo para não inteferir na definição dos demais sul-americanos que irão à Copa. Como principal estímulo, deixar claro que a base está montada, mas os passaportes só serão carimbados ano que vem. Como reza o lema do astro máximo da constelação, o 10 do "professor", seguir mostrando ousadia e alegria em campo. Com seriedade e foco, que vem dando certo

  

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