O homem de 33 anos que invadiu o gramado da Arena Beira-Rio, na noite do último domingo, com a criança de 3 anos no colo, para agredir jogadores do Caxias, foi identificado e indiciado pela Polícia Civil de Porto Alegre. Segundo informações do “GZH”, ele será investigado por lesão corporal e por expor uma criança à situação de risco.
O cidadão, que não teve a identidade revelada para não prejudicar a criança, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente, prestará depoimento na tarde desta segunda-feira na 2º Delegacia de Porto Alegre. A mãe da criança também será ouvida.
Segundo a delegada Sabrina Teixeira, titular da 2ª Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA), o sócio do Internacional será enquadrado no artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por "submeter a filha a vexame e constrangimento". A pena prevista é de seis meses a dois anos de prisão.
“Vamos verificar a situação da criança, submetê-la à perícia para ver se sofreu alguma agressão. Além disso, vamos atrás da mãe desta menina para saber em que circunstância a menina estava no jogo, bem como se a mulher também estava presente”, declarou a delegada.
Já o delegado Vinícius Nahan, titular da 2ª Delegacia da Capital, afirmou que o torcedor pode responder por agressão leve a um cinegrafista do Grupo RBS. Além destas acusações, ele poderá responder pela agressão contra o jogador Dudu Mandai, porém é necessário que o atleta ou o Caxias faça uma Boletim de Ocorrência.
“Se o jogador do Caxias registrar ocorrência contra o pai que invadiu o campo, ele responderá por duas lesões corporais. Se alguma outra pessoa representar criminalmente contra outros envolvidos, serão novas apurações em separado, com novas vítimas e novos suspeitos”, disse o delegado.
O torcedor conseguiu deixar o estádio após a agressão e por isso não foi detido. O Internacional afirmou que abriu representação no Conselho de Ética do clube para investigar a conduta do sócio. O Ministério Público aguarda o recebimento oficial das imagens para se posicionar sobre o caso.
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