Torcedores que cuspiram em Tite não são identificados e Atlético deve responder na Justiça

Alexandre Simões - Hoje em Dia
02/11/2015 às 18:11.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:18
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Os torcedores do Atlético que cuspiram no técnico Tite, do Corinthians, no início da partida desse domingo (1º), no Independência, que terminou com vitória corintiana por 3 a 0, não foram identificados e o clube deve responder pela ação no STJD.

Segundo o Tentente-coronel Gianfranco, responsável pelo policiamento na área interna do estádio, o maior aliado da Polícia Militar nesses casos são os bons torcedores, que informam aos policiais quem cometeu atitudes que podem prejudicar o clube. Mas nesse episódio, especificamente, isso não aconteceu.

“Quando o policiamento tomou conhecimento do fato, se posicionou próximo ao banco do Corinthians, para fazer a proteção. Além disso, buscou a identificação, mas ninguém da torcida apontou quem eram o autor ou os autores das cusparadas”, revela o oficial.

Marcos Lincoln Padilha dos Santos, procurador do TJD/MG e advogado que atua nas áreas do direito esportivo e empresarial, revela que a identificação dos autores de infrações dentro dos estádios faz toda a diferença para o clube: “A identificação dos torcedores infratores praticamente absolve o clube”.

O Atlético já viveu essa situação neste Brasileirão. No jogo contra o Atlético-PR foram arremessados dois copos plásticos e um chinelo no gramado. Os três torcedores infratores foram identificados e o Atlético absolvido.

Nesse domingo, não se tratou de arremesso de objetos, mas Marcos Lincoln explica que a cusparada é considerada uma violação a um dos artigos do CBJD, o 213, que trata das providências tomadas pelo mandante para reprimir, entre outras coisas, a desordem em sua praça de desporto.

“A cusparada é um desrespeito com o profissional, fere a ética esportiva, que não tem nenhum vínculo com o clube, mas em razão de o autor não ser identificado, o clube acaba responsabilizado”, revela o Marcos Lincoln.

Em entrevista ao Globoesporte.com, o procurador do STJD, Paulo Schimidt, revelou que está avaliando o episódio e que o Atlético pode sim responder pelos atos dos torcedores.
 

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