Torcidas se provocam em clássico marcado por sensações variadas no Independência

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
04/03/2018 às 13:57.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:41
 (Guilherme Guimarães)

(Guilherme Guimarães)

Antes de a bola rolar o entusiamo da torcida alvinegra era grande. O Atlético era o mandante no clássico da manhã deste domingo (4), contava com a maioria nas arquibancadas e a expectativa era de manter a sequência positiva diante do maior rival. Há três jogos o Cruzeiro não triunfava em clássicos. 

Por isso os atleticanos se empolgaram nos minutos iniciais. Cânticos para tentar embalar o time preto e branco dentro de campo, charanga tocando o hino do clube. 

Mas os cruzeirenses não deixavam barato. Mesmo em menor número a torcida celeste cantou alto. Desde o pré-jogo quando a torcida visitante cantava e os atleticanos não acompanhavam, aumentava-se o som mecânico, que ecoava o hino alvinegro nos auto-falantes. 

Se dentro de campo o quesito técnico ficou devendo no primeiro tempo, fora das quatro linhas o trabalho do árbitro ajudava a ditar o ritmo da arquibancada. Todo lance de falta era a mesma coisa: formava-se um “bolinho de jogadores” ao redor do dono do apito. A mãe do juiz nessa hora recebia “os melhores elogios”. 

Foi no segundo tempo que o estádio explodiu. Logo aos 3 minutos o Cruzeiro saiu na frente. Raniel balançou as redes para o delírio dos cruzeirenses. Nessa hora um silêncio sepulcral no lado alvinegro. 

Logo no início do período complementar aconteceu praticamente tudo que não aconteceu no primeiro tempo. Gol, expulsão, substituição por lesão. 

Três minutos após o gol, Edílson levou cartão vermelho. E o que era silêncio do lado atleticano virou euforia. O Independência cantou alto. Ânimo dos atleticanos e apreensão dos cruzeirenses. 

O lateral-direito, expulso por falta no meia Otero, com quem travou um embate ríspido e pessoal,  precisou ser amparado pelos companheiros e deixou o campo no carrinho-maca. Amigo pessoal de Fábio Santos, Edilson ainda foi auxiliado pelo adversário. 

Muito de esperou do Atlético com um a mais em campo, mas o time não conseguiu aproveitar a superioridade numérica. 

Aos 37 minutos um lance de impedimento, mas que teve sequência do ataque atleticano. Ricardo Oliveira balançou as redes, mas em jogada previamente invalidada pelo árbitro Cleisson Veloso Pereira. Nesse momento se ouviu o tradicional “que vacilão, que vacilão” vindo da arquibancada celeste.

Provocações também foram ouvidas de ambos os lados. Do Galo, nem mesmo a presença de Maria da Penha, convidada pelo clube para chamar a atenção no combate à violência contra a mulher, intimidou na hora de cantar: “Maria eu sei que você treme”. 

Já os cruzeirenses não deixaram por menos e cantaram: “Ah, que isso, o galinheiro está calado”, em referência ao silêncio na casa do arquirrival. 

Os números oficiais mostraram 22.196 presentes, com uma renda de R$ 518.756,00. 

O clássico tecnicamente foi igual, deixando a desejar dentro de campo. Quem caprichou mesmo foi o tempo, bonito e ensolarado nesta transição de manhã e tarde dominical.

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