Tradição: perto da vaga, Levir Culpi sempre terminou Brasileiro pelo Atlético dentro do 'G-6'

Frederico Ribeiro
Hoje em Dia - Belo Horizonte
26/11/2018 às 20:01.
Atualizado em 28/10/2021 às 02:23
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Sempre que Levir Culpi comandou o Atlético numa Série A terminou em posição que daria, nos critérios atuais, vaga na Copa Libertadores. Em 2018, o desejo é manter a tradição. No domingo, pegará o Botafogo, precisando apenas da vitória para voltar à competição internacional.

Será a sexta participação do Galo nas últimas sete edições da competição que insiste em não saber quem é o campeão de 2018 na grande polêmica entre Boca Juniors e River Plate.

Com o empate do Atlético-PR no último domingo diante d o Ceará, o Galo tem quase 90% de chances matemáticas de ficar com a sexta colocação. Caso concretize tal panorama, se tornará a pior posição do Atlético no Brasileirão sob o comando de Levir. Mas pouco importa. Para o clube que teve dois grandes momentos de “ufa”, ir para a pré-Libertadores (duas fases antes dos grupos) terá o sentimento de dever cumprido na temporada.

Contando os dias para se tornar o segundo em termos de número de jogos comandando o Galo, pois tem 296, contra 328 de Procópio Cardoso – o recordista é Telê Santana (434) –, Levir Culpi vem de derrota para o Santos e irá reencontrar outro ex-clube (Botafogo) que nada pretende mais no Brasileirão.
Até mesmo um tropeço pode levar o Galo à Libertadores, desde que o Atlético-PR não vença o Flamengo.

“No Campeonato Brasileiro, temos entre 10 e 15 times que jogam muito igual, muito parecido, com o mesmo apelo. Tanto é que o Campeonato foi decidido nestas últimas rodadas. Vamos nos reunir, encher o estádio e, com humildade, ir pra cima dos caras e tentar vencer. Se tivermos juntos, a possibilidade de vitória é muito grande”, afirmou Levir.

HISTÓRICO
Na quinta passagem pelo Atlético, Levir Culpi tem quatro Brasileiros no currículo pelo clube. Em 1994, “resgatou” a SeleGalo para chegar à semifinal (quarto colocado), posição repetida em 2001, naquela chuva contra o São Caetano. Na última passagem, quando venceu Copa do Brasil e Recopa Sul-Americana, Levir terminou o Brasileirão de 2014 em quinto.

No ano seguinte, chegou a brigar pelo título com o Corinthians, mas teve que se contentar com o vice-campeonato. Numa Libertadores com oferta farta de vagas – no Brasil são seis via Série A –, Levir seria 100% na luta pelo passaporte, caso o critério atual fosse usado desde a criação do torneio, em 1960.

RECLAMAÇÃO
Assim como o Palmeiras já cumpriu sua meta do título, o Atlético poderia ter se juntado aos outros cinco primeiros colocados e já estar com a vaga garantida no maior torneio interclubes do continente, se não fosse por pontos preciosos perdidos em casa.

Um deles, diante do próprio Palmeiras. Ao parabenizar o título do colega Felipão, Levir lembrou que o pênalti do empate do Verdão no Horto não existiu. “Parabéns Felipão pela coragem de voltar ao Brasil e mostrar o seu valor! Este título está nas mãos de quem merece!”, escreveu Levir, no Twitter.

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