'Tragédia': artilheiros erram pênaltis, e Atlético é eliminado pela Chapecoense na Copa do Brasil

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
16/05/2018 às 21:40.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:52
 (MARCIO CUNHA/ESTADÃO CONTEÚDO)

(MARCIO CUNHA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Quando o ocorreu o sorteio das oitavas da Copa do Brasil, o Atlético saiu com um adversário "desejável". Afinal, só poderia enfrentar um dos oito clubes classificados para a Libertadores. Teve pela frente justamente o único eliminado do torneio continental. Mas não teve capacidade para fazer gol na Chapecoense e, nos pênaltis, deu adeus ao mata-mata nacional. Uma "tragédia", conforme havia dito Sérgio Sette Câmara, na polêmica entrevista pós-eliminação na Sul-Americana.

O 0 a 0 no jogo de ida no Independência obrigava o Atlético a vencer a Chape na Arena Condá. Mas o placar se repetiu no tempo normal na Arena Condá, na noite desta quarta-feira (16). Novamente nos pênaltis - foi assim que eliminou o Figueirense na terceira fase - o Galo decidiria sua vida. 

Entretanto, os artilheiros da equipe no ano, Ricardo Oliveira e Róger Guedes, desperdiçaram as cobranças. Só Bruno Pacheco falhou pra Chape. Victor defendeu a cobrança do lateral. Mas Rafael Thyere, contando com a trave, deu a classificação ao time de Chapecó.

PRIMEIRO TEMPO

O lance mais importante da etapa inicial de Chapecoense x Atlético aconteceu perto dos 47 minutos de jogo. Falta cometida após Otero perder a bola no campo de defesa do Galo. Batida, a bola encontrou Wellington Paulista livre para cabecear bonito. Mas Victor pulou e salvou o gol que abriria o placar. 

Do lado visitante, o controle das ações era maior. O Atlético repetia o cenário do jogo de ida, com domínio da posse de bola, mas novamente pecando na construção do jogo. Tanto que Róger Guedes era a principal arma, mas errava no individualismo.

Com Cazares escalado no lugar de Luan, Thiago Larghi posicionou o camisa 10 recuado, para ajudar na saída de bola. Mas os dois laterais tinham fraco apelo ofensivo, Otero estava mal na partida - perdendo bolas na defesa - e Ricardo Oliveira, com pouca presença de área.

Sem a bola, o Atlético tinha bons desarmes com Adilson, e a nova zaga - Bremer e Léo Silva faziam atuação conjunta inedita em 2018 - cochilou em alguns momentos, principalmente na bola aérea.

O primeiro tempo acabou com a sensação de que o Atlético precisaria mudar a postura e a exatidão das jogadas para ficar com a vaga. 

SEGUNDO TEMPO
Logo depois de quase sofrer gol, o Atlético conseguiu dar uma resposta no início do segundo tempo. Ricardo Oliveira, desaparecido, testou bonito um escanteio batido por Cazares e conseguiu obrigar Jandrei a fazer bela defesa.

O Galo seguia sem trabalhar a bola de maneira efetiva, tendo te achar Róger Guedes para causar algum dano no adversário. A zaga se safou por muito pouco quando Arthur Caike deixou Patric plantado na marcação, passou nas costas de Leonardo Silva e chutou na cara de Victor, só que para fora. 

Victor viraria nome do jogo do lado visitante ao evitar novo chute venenoso da Chape. Desta vez, Bruno Pacheco (lateral-esquerdo) bateu a falta direto, e o camisa 1 do Galo mandou para escanteio.  

Neste momento, o Atlético já havia colocado Erik e Elias no jogo, para as saídas de Otero e Gustavo Blanco. A situação se inverteu. O Galo perdeu a posse de bola, e tinha o contra-ataque como saída. Mas pouca luz no jogo para os visitantes. 

Sem ideias, as equipes cansaram. Mas a Chapecoense foi superiora no segundo tempo, levando mais perigo e acreditando mais na possibilidade de se classificar fora dos pênaltis. O Atlético parecia acomodado com o resultado.

Mas eis que Fábio Santos é expulso, ao levar o segundo amarelo numa falha de marcação. Ele tentou interceptar lançamento aéreo para Apodi, derrubando o lateral velocista. Cartão vermelho para o melhor batedor de pênaltis do Atlético. 

PENALIDADES

Após o apito final, o Atlético iniciou a disputa de penalidades da pior maneira possível. Seu artilheiro, Ricardo Oliveira, telegrafou o chute e teve a finalização defendida por Andrei. Depois, Luan e Léo Silva acertaram, dando esperanças ao torcedor do Galo, enquanto os jogadores da Chape deslocavam Victor. Só que Róger Guedes, vice-artilheiro alvinegro no ano, chutou na lua. Houve resquícios de "eu acredito", ao Victor defender o chute de Bruno Pacheco. Cazares converteu a última penalidade do Galo, mas Thyere contou com a trave para eliminar o Galo.


Chapecoense 0x0 Atlético

Chapecoense: Jandrei; Apodi, Thyere, Douglas e Bruno Pacheco; Amaral, Márcio Araújo e Canteros (Nadson); Guilherme (Luiz Antônio), Arthur Caike (Bruno Silva) e Wellington Paulista. Técnico: Gilson Kleina.

Atlético: Victor; Patric, Leonardo Silva, Bremer e Fábio Santos; Adilson (Luan) e Gustavo Blanco (Elias); Otero (Erik), Cazares e Róger Guedes; Ricardo Oliveira. Técnico: Thiago Larghi.


Atlético
Ricardo Oliveira (DEFENDIDO)
Luan (GOL)
Leonardo Silva (GOL)
Róger Guedes (PRA FORA)
Cazares (GOL)

Chapecoense
Wellington Paulista (GOL)
Luiz Antônio (GOL)
Nadson (GOL)
Bruno Pacheco (DEFENDIDO)
Thyere (GOL)

Arbitragem: Leandro Bizzio Marinho, auxiliado por Rogério Zanardo e Daniel Luis Marques. Trio de São Paulo. 
Cartões amarelos: Wellington Paulista (CHA); Patric e Fábio Santos (CAM)
Cartão vermelho: Fábio Santos (CAM), aos 47'/2ºT
Público: 8.587 torcedores
 

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