Treinos com bola "errada" complicam goleiros da Seleção

Almir Leite e Silvio Barsetti
01/06/2013 às 12:24.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:44

O fato de a CBF ter como um de seus patrocinadores uma empresa fabricante de material esportivo diferente da Fifa está dificultando a preparação dos goleiros da Seleção Brasileira para a Copa das Confederações. Até o amistoso contra a França, dia 9, em Porto Alegre, eles terão mais contato com as bolas da Nike do que com a Cafusa, produzida pela Adidas e que será utilizada no torneio marcado para acontecer entre 15 e 30 de junho, no Brasil.

Na última sexta-feira, no treino realizado na Gávea, no coletivo foram utilizadas apenas bolas da Nike. Quando treinaram à parte, os goleiros puderam se exercitar também com a Cafusa. O preparador Carlos Pracidelli alternava as bolas ao chutar para o gol. "É para eles irem se acostumando", disse. "Mas a diferença entre elas é pequena".

Os goleiros, no entanto, afirmam que o peso distinto das bolas - a da Nike pesa 435 gramas e a da Adidas 410 gramas - é um complicador. "A Cafusa é um pouco mais leve do que a da Nike, ela balança mais. Mas a gente tem de se adaptar rapidamente para não ser surpreendido nos jogos", disse Jefferson.

O titular Julio Cesar revelou que os goleiros pediram para treinar com ambas as bolas, e por isso, em parte do treino da última quinta, já foram utilizadas as da Adidas. "Mas a gente teve pouco contato, foram cinco minutos", explicou Jefferson.

Julio Cesar preferiu não se estender sobre a análise da bola. "A última vez que reclamei da bola não trouxe muito benefício nem para mim nem para o Brasil", disse, rindo, em referência às críticas que fez à Jabulani, bola da Copa de 2010.

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