Tropa de elite do esporte em ação no Rio

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
01/08/2016 às 20:28.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:06
 (AFP)

(AFP)

  Acompanhar de perto as disputas de uma edição dos Jogos Olímpicos, por si só, já é uma experiência digna do valor do ingresso e única o suficiente para ficar na memória. Mas, entre os quase 10 mil atletas de 200 países que estarão em ação por três semanas no Rio, há um grupo capaz de atrair atenções, fotógrafos e microfones de forma ainda mais intensa. E cuja participação, independentemente do resultado, será sinônimo de arquibancadas lotadas, olhares atentos, flashes pipocando – conseguir ingressos para os eventos em que eles estarão competindo foi missão árdua desde o primeiro dia de venda.

Difícil acreditar que os integrantes dessa lista farão apenas figuração e terminarão a Olimpíada sem uma ou mais medalhas no peito. Se confirmarem as expectativas, darão mais um passo rumo ao topo na galeria das lendas olímpicas. Se falharem, não mancharão o retrospecto recente ou terão os feitos minimizados, mas certamente serão assunto e provocarão expressões de surpresa.

Mesmo porque, em se tratando de Olimpíada, o jamaicano Usain Bolt não conhece outra cor que não seja o ouro. As duas participações – Pequim-2008 e Londres-2012 –, foram marcadas por medalhas de ouro nos 100m, 200m rasos e no revezamento 4x100m, com direito a recorde mundial nas duas primeiras. Depois da campanha em solo britânico, o Raio chegou a sugerir que tentaria brilhar também nos 400m rasos, mas voltou atrás. Vai tentar o inédito tricampeonato nas três provas costumeiras.

E se uma contusão recente atrapalhou o início de temporada, os 19s89 na final dos 200m da etapa londrina da Liga de Diamante da IAAF mostraram que o apetite pelo alto do pódio está mais aguçado que nunca. Resta saber se o desempenho na pista do Engenhão seguirá o roteiro Bolt: domínio incontestável e a sensação de que é capaz de estabelecer exatamente o tempo a que se propôs, ainda que se trate de uma nova marca mundial.  

No caso do norte-americano Michael Phelps, o desafio é outro, como se ainda fosse possível exigir alguma coisa de quem tem 18 medalhas de ouro olímpicas, oito delas numa só edição (Pequim-2008, batendo a marca do também nadador e compatriota Mark Spitz). O estímulo da mulher Nicole e o nascimento do filho Boomer o levaram a repensar a aposentadoria depois dos Jogos de Londres e voltar a treinar forte para disputar três provas no Rio. E mais do que números ou estatísticas, o que impulsiona o gigante de Baltimore é a vontade de encerrar a carreira no auge e deixar para a posteridade uma herança que dificilmente será batida nas próximas décadas.

SIR BRADLEY
Outro que construiu uma trajetória olímpica impressionante e quer se despedir no auge é o ciclista britânico Bradley Wiggins, 36 anos. Destaque nas provas de pista, ele conquistou três ouros no velódromo (em Atenas e Pequim) e teve dupla honraria nos Jogos em casa: foi condecorado com o título de Sir e homenageado na cerimônia de abertura em que apareceu com a camisa amarela de vencedor da Volta da França, mais tradicional prova por etapas da modalidade.

Em seguida, somou à coleção o título olímpico na prova contra-relógio individual. E deixou de lado as provas em estrada e o lucrativo contrato com o time Sky para se dedicar à preparação para o Rio, quando volta ao velódromo, para integrar o quarteto da perseguição  por equipes de 4.000m.

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