Trump parabeniza seleção dos EUA pelo título do Mundial Feminino, mas não menciona Rapinoe

Estadao Conteudo
07/07/2019 às 19:44.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:26
 (US Soccer)

(US Soccer)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu os parabéns à seleção norte-americana pelo tetracampeonato do Mundial Feminino, conquistado de forma invicta neste domingo com a vitória por 2 a 0 sobre a Holanda, em Lyon, na França.

"Parabéns ao time de futebol feminino dos EUA pela conquista do Mundial! Ótimo e emocionante jogo. A América está orgulhosa de todos vocês!", publicou o presidente em seu perfil oficial no Twitter, o qual usa com muita frequência.

Trump não fez menção à atacante Megan Rapinoe, que se tornou desafeta do republicano. Eleita a melhor jogadora do Mundial e dona do troféu Chuteira de Ouro, por ter sido a artilheira do torneio, com seis gols, a capitã da seleção norte-americana disse no final de junho que não iria à Casa Branca em caso de ganharem o título, por discordar da posição política do atual presidente.

"Em caso de vitória aqui, prefiro não ir, por causa dos meus valores. Vou aconselhar minhas colegas a fazerem o mesmo", afirmou a jogadora na ocasião. Trump rebateu a declaração da atleta no dia seguinte, dizendo por meio de suas redes sociais que Rapinoe havia desrespeitado o país e deveria ter "orgulho da bandeira que está vestindo".

Rapinoe é homossexual e ativista pela causa LGBT. Em seus discursos, ela sempre defende direitos iguais entre homens e mulheres no esporte e não cantou o hino de seu país neste Mundial como forma de protesto. Segundo ela, o atual governo não está alinhado com a luta e o pensamento das atletas.

"Como uma homossexual norte-americana, sei o que significa olhar para a bandeira e não sentir que ela protege as suas liberdades", afirmou a jogadora em uma das coletivas de imprensa durante a Copa do Mundo. "Não seria certo ir lá e emprestar essa nossa plataforma para uma administração que não está lutando pelas coisas que nós lutamos", completou.

Outro destaque dos Estados Unidos, a atacante Alex Morgan, que também foi uma das artilheiras da competição, afirmou que a decisão de ir ou não à Casa Branca será tomada em conjunto, mas indicou que a visita é improvável. "Acho que houve muita conversa prematura sobre a Casa Branca e sobre Trump, mas acho que vocês sabem a resposta para a pergunta de qualquer maneira", disse.

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