O discurso segue imutável. Função de auxiliar-técnico, de forma provisória realizando tarefas do treinador principal. Thiago Larghi ainda é apenas interino do Atlético, e irá para o sétimo jogo seguido com essa nomenclatura, igualando a maior longevidade de um “técnico provisório” do Galo neste começo de século XXI. Na sexta-feira, fará um mês de Larghi no comando da equipe;
Diante do Uberlândia, o jovem comandante de 37 anos empatará com José Maria Penna, que foi interino em 2001 após a demissão de Abel Braga e antes da chegada de Levir Culpi.
O Atlético sondou Felipão, tentou o próprio Abel Braga após a saída de Oswaldo de Oliveira, passou por processo (fracassado) de convencimento para a volta por Cuca - que será comentarista da TV Globo na Copa da Rússia - e foi atrás de Fábio Carille, mesmo que indiretamente.
Mas, passados quase um mês desde a troca de comando, Thiago Larghi segue na linha de frente para tomar as decisões no time alvinegro. Enfrentará o Uberlândia amanhã, às 19h15, pela 10ª rodada do Campeonato Mineiro.
Estadual que é, surpreendentemente, a dor de cabeça da equipe em 2018. Se está em vantagem na Copa do Brasil, na qual irá receber o Figueirense na próxima quarta-feira (14) precisando apenas empatar, o Galo está apenas na quarta colocação do Mineiro, com 12 pontos conquistados, precisando vencer os dois últimos jogos para garantir a vantagem de ser mandante no jogo único das quartas de final.
Além do Uberlândia, o Galo fechará a primeira fase do Mineiro 2018 diante do Tombense em casa. E precisa fugir de derrota nesses dois compromissos. Isso porque, caso seja vencido por esses adversários, o Galo irá somar o quarto tropeço nesta etapa de qualificação. Seria atingir a maior marca de derrotas na atual fórmula de disputa do Campeonato Mineiro, adotada desde 2004 com pequenas alterações. Em 2008 e em 2016, o Atlético contabilizou quatro jogos sendo superado pelos rivais, número recorde.
OUTROS INTERINOS
Desde José Maria Penna em 2001, o Atlético contou com apenas quatro treinadores interinos, contando Thiago Larghi. Marcelo Oliveira foi “tampão” por quatro vezes, acumulando seis jogos nessas passagens. Depois, Tico do Santos substituiu Levir Culpi em 2007, ficando três jogos no cargo, em sequência.
Por fim, Diogo Giacomini “quebrou o galho” nas saídas de Levir Culpi em 2015 (dois jogos), Marcelo Oliveira em 2016 (dois jogos) e Roger Machado em 2017 (um jogo).