Vôlei de praia brasileiro inicia ciclo olímpico com novas duplas e resultados animadores

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
16/02/2017 às 19:37.
Atualizado em 15/11/2021 às 23:01

O ciclo olímpico não poderia ter começado melhor no vôlei de praia. Com parcerias vitoriosas mantidas e novas duplas promissoras, o Brasil iniciou 2017 com “dobradinhas” nas finais masculina e feminina da primeira etapa do Circuito Mundial, nos Estados Unidos. Além disso, o país conquistou ainda quatro medalhas (dois ouros, uma prata e um bronze) na abertura do Circuito Sul-Americano, no Chile.

Líderes do ranking mundial, Larissa e Talita conquistaram o título do Major Series, em Fort Lauderdale, com vitória na final sobre a atual vice-campeã olímpica Ágatha e sua nova parceira, Duda. Foi apenas o segundo torneio oficial disputado pela equipe recém-criada (no início de fevereiro, as mesmas duplas já haviam decidido a sexta etapa do Circuito Brasileiro e terminado em posições invertidas no pódio).

“Me admirei com a resposta da Duda nesse torneio nos Estados Unidos. Ela teve momentos de dificuldade, mas segurou bem a pressão. O entrosamento foi rápido dentro e fora de quadra, e temos muito a crescer como time”Ágatha Rippel,medalhista de prata

“É cedo falar em desempenho para a Olimpíada, mas a nossa meta, com certeza, é Tóquio. A vontade de jogar com a Duda veio pelo que ela é como jogadora. Jovem, mas cheia de potencial, com características que avalio importantíssimas, como determinação, vontade de treinar e melhorar sempre”, afirmou ao Hoje em Dia a medalhista de prata, de 33 anos.

Duda, de apenas 18, formava com Elize Maia, até o ano passado, a segunda melhor dupla brasileira do ranking internacional (7ª) e já tem um currículo recheado com os títulos das etapas de Maceió e Fortaleza do Circuito Mundial de 2016, entre outras conquistas.

Antiga parceira de Ágatha, a também medalhista de prata Bárbara Seixas passou a formar dupla com Fernanda Berti, vice-campeã mundial em 2015. A nova equipe foi às quartas de final nos EUA, assim como Josi e Lili. Um resultado bastante expressivo para o Brasil numa competição que reuniu as melhores jogadoras do mundo, à exceção da campeã olímpica alemã Laura Ludwig, lesionada.CBV/Divulgação

Evandro/André e Saymon/Álvaro também fizeram
dobradinha brasuca em Fort Lauderdale (EUA)

No topo

No naipe masculino, a história se repetiu. Novos líderes do ranking nacional, Álvaro e Saymon conquistaram o título da primeira etapa do Circuito Mundial ao superarem Evandro e André Stein na decisão em Fort Lauderdale. Foi uma caminhada perfeita dos campeões, com oito vitórias e nenhum set perdido sequer.

A análise ainda é precoce, mas a final brasuca indica que a dança das cadeiras entre os homens também pode ser promissora. Saymon formava dupla com Guto e não brigou por vaga nos Jogos do Rio. Já Evandro não fez uma boa Olimpíada ao lado de Pedro Solberg.

Bruno Schmidt e Alison caíram nas quartas de final nos Estados Unidos, mas continuam sendo a principal esperança de medalha para o país na categoria. Os campeões olímpicos e mundiais formam a dupla mais bem ranqueada do Brasil (3º).

Mineira de ouro

Na primeira etapa do Circuito Sul-Americano, a jovem Ana Patrícia, 19, natural de Espinosa (Norte de Minas), faturou o ouro ao lado de Rebecca, com vitória sobre Tainá e Victória na final. Na chave masculina, Jô e Vítor Felipe conquistaram o título, enquanto Arthur Lanci e George ficaram com o bronze.

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