Vôlei utiliza final da Superliga Masculina como ajuda a Suzano após massacre

Estadão Conteúdo
04/05/2019 às 12:58.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:30
 (Renan Rodrigues/CBV)

(Renan Rodrigues/CBV)

As finais da  Superliga Masculina de Vôlei estão tentando ajudar os moradores de Suzano a superar as tristes lembranças do massacre na escola estadual Raul Brasil, ocorrido em 13 de março. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), com o apoio da prefeitura local, está convidando vítimas e familiares para o jogo deste sábado (4).

A Arena Suzano, palco da partida entre EMS Taubaté Funvic e Sesi-SP, às 21h30, foi o mesmo local do velório das vítimas da tragédia, em que os assassinos de 17 e 25 anos invadiram a escola e mataram sete pessoas. Dois meses depois, o ginásio pretende superar a dor da tragédia com a ajuda do voleibol.

O título pode ser definido neste sábado, a partir de 21h30. O Taubaté, que lidera a série melhor de cinco jogos por 2 a 1, só precisa de mais um triunfo para ser campeão. O Sesi precisa vencer para forçar o quinto jogo. "Esperamos que o voleibol tenha colocado mais um tijolinho na reconstrução do ânimo das pessoas de Suzano", afirmou Renato D’'Ávila, superintendente da CBV.

Neste sábado, Leandro Vissotto, oposto do Taubaté, vai se encontrar com o estudante José Vitor Ramos Lemos, um dos sobreviventes - após o massacre, o aluno de 18 anos chegou caminhando sozinho ao Hospital Santa Maria, com uma machadinha cravada na clavícula direita - e que lhe entregou o troféu de melhor da terceira partida. "A entrega foi rápida. Quero reencontrá-lo com calma e conversar com ele", disse Vissotto.

No final do jogo deste sábado, a CBV planeja que outro sobrevivente entregue o troféu ao melhor em quadra. A aproximação dos atletas com a comunidade começou durante a semana, quando três sobreviventes acompanharam os treinos e ganharam camisetas e uma bola oficial para a escola.

Vários fatores levaram as finais para Suzano. O primeiro deles é a ligação histórica. Suzano já foi chamada de "Cidade do Vôlei" nos anos 1990 e 2000, quando o time local conquistou três títulos nacionais. A CBV e a prefeitura discutem impulsos à modalidade, com a realização de amistosos da seleção na região e a criação de nova equipe.

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