Vaga ou pressão: o significado de La Equidad x Galo na antes 'menosprezada' Sul-Americana

Henrique André - ENVIADO ESPECIAL
26/08/2019 às 17:34.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:10
 (Bruno Cantini / Atletico)

(Bruno Cantini / Atletico)

BOGOTÁ – “A Copa Sul-Americana é a segunda divisão da Libertadores da América. É assim que enxergo. Se ela tivesse esse valor muito grande, as duas copas que o Atlético ganhou da Conmebol teriam mais valor do que na verdade têm. E olha que, naquela época, quem classificava não era o nono, o décimo. Era o segundo e o terceiro do Campeonato Brasileiro. A Sul-Americana, além de pagar pouco, tem pouco valor, você vê pelos próprios públicos que vêm comparecendo, se comparado com públicos da Libertadores. Entendemos que é um campeonato que poderia ser interessante se tivéssemos passado com essa equipe alternativa. Muito provavelmente iríamos continuar com essa equipe alternativa”.

No futebol não há verdade que dure um ano e quatro meses. A declaração do presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, em 8 de maio do ano passado, após a eliminação na primeira fase da Copa Sul-Americana de 2018, diante do San Lorenzo, da Argentina, no Independência, é passado distante no clube. Provas disso são a prioridade à competição nesta temporada e a pressão que o time carrega na decisão desta terça-feira, contra o La Equidad, da Colômbia, às 21h30 (de Brasília), no El Campín, em Bogotá, quando será definido um semifinalista.

A delegação do Galo chegou na manhã de ontem à capital colombiana trazendo na bagagem a pressão por ter perdido as duas partidas mais recentes pelo Brasileiro, sendo que na última usou um time quase totalmente reserva, e pelos gols perdidos diante do La Equidad, semana passada, no Horto, onde venceu por 2 a 1 num jogo em que produziu o suficiente para alcançar um placar mais dilatado.

Um empate, ou até mesmo derrota por um gol de diferença, mas com o placar a partir de 3 a 2, são suficientes para garantir ao Galo a vaga na semifinal e o direito de disputar com o Colón, da Argentina, a presença na decisão.

É impossível negar que uma eliminação nesta terça-feira significia a primeira turbulência do Galo de Rodrigo Santana. Assim como é certo que a classificação transformará a Sul-Americana ainda mais no objeto de desejo atleticano. Entre a vaga e a pressão, uma certeza é que o Atlético faz em Bogotá seu jogo mais importante do ano até agora, pois nele decidirá se vai seguir vivo na briga pela taça esnobada em 2018 e que virou prioridade em 2019.

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