Prevenção

Vasco aciona departamento jurídico para orientar atletas sobre apostas esportivas

Paulo Duarte
esportes@hojeemdia.com.br
10/05/2023 às 16:42.
Atualizado em 10/05/2023 às 16:45
Vasco entrega cartilha para jogadores sobre apostas esportivas (Daniel Ramalho / Vasco da Gama)

Vasco entrega cartilha para jogadores sobre apostas esportivas (Daniel Ramalho / Vasco da Gama)

Mesmo sem ter, até o momento, nenhum jogador citado na Operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público, que investiga a participação de jogadores em um esquema de manipulação de resultados esportivos, o departamento jurídico do Vasco reuniu os jogadores nesta quarta-feira (10), para orientar os atletas como devem se proceder em caso de aliciamento.

 Após a palestra realizada no CT Moacyr Barbosa, os jogadores receberam uma cartilha desenvolvida pelo clube que devem cumprir a risca. Nela consta, dentre vários pontos, que os atletas não podem em hipótese alguma aceitar propostas referente a apostas e, em caso de contato externo para tal, o atleta deverá informar o clube no exato momento.

O fato foi visto pelos torcedores como uma bela iniciativa do clube, já que casos vem se alastrando pelo país. Nesta terça, nomes como do atacante Alef Manga, atualmente no Coritiba, Pedrinho e Bryan García, do Athletico-PR, vieram à tona.

Ao todo, 16 pessoas foram indiciadas na segunda fase da operação, dentre elas, sete atletas: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (Sergipe). 

Nesta fase, quatro jogadores descobertos no esquema admitiram envolvimento e não foram denunciados: o zagueiro Kevin Lomónaco, do Bragantino, o lateral-esquerdo Moraes, do Atlético-GO, o volante Nikolas Farias, do Novo Hamburgo-RS, e o atacante Jarro Pedroso, do Inter-SM.

Pelo futebol Mineiro, os nomes de Richard, ex-Ceará e hoje no Cruzeiro, e o lateral-direito Nino Paraíba, também ex-Ceará e agora no América-MG, aparecem em conversas com apostadores nas mensagens anexadas na denúncia do Ministério Público de Goiás. 

Também do América, Matheusinho e o atacante Dadá Belmonte, ex-Goiás, foram  citados por integrantes da quadrilha de apostadores. Até então, os atletas não são investigados. O Coelho informou que afastou apenas Nino Paraíba das atividades. O Cruzeiro fez o mesmo com o meio-campista Richard.

Primeira fase

Já na primeira fase da Penalidade Máxima, o Ministério Público acatou a denúncia de oito atletas que se tornaram réus no esquema de manipulação de resultados. Os jogadores podem pegar uma pena entre três a oito anos, mais multa, por prática de organização criminosa e outra de oito a 12 anos, por corrupção ativa. 

Os réus são: Romário (ex-Vila Nova), Joseph (Betim), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).

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