Velado como herói, Benítez sofria de doença coronária

AE-AP
02/08/2013 às 15:27.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:37

O atacante equatoriano Christian Benítez, que morreu de forma trágica na última segunda-feira (29), no Catar, está sendo velado como herói em Quito, nesta sexta (2), depois de ter deixado Doha apenas na última quinta. Recém-contratado pelo El Jaish, o atleta faleceu apenas um dia depois de estrear pela equipe catariana. Ele teve um mal súbito e apresentou um quadro de insuficiência cardíaca, assim como reclamou de dores estômago agudas, desenvolveu peritonite e morreu de parada cardiorrespiratória no hospital onde foi internado.

Conhecido como "Chucho" em seu país, Benítez atravessava grande fase em sua carreira e era um dos pilares da seleção equatoriana que luta para se classificar à Copa do Mundo de 2014, no Brasil. E nesta sexta-feira, o presidente da Federação Equatoriana de Futebol, Luis Chiriboga, revelou que o jogador sofreu um infarto porque tinha uma doença em uma artéria coronária.

O dirigente indicou que Patricio Maldonado, médico de la seleção equatoriana, irá trazer um relatório completo sobre a morte do jogador, mas adiantou que Benítez "tinha um doença na artéria coronária, que apenas poderia ser descoberta depois de morto, com a autópsia".

Chiriboga destacou que as autoridades equatorianas realizaram nesta sexta uma segunda autópsia no corpo de Benítez, de 27 anos, depois de uma primeira ter sido feita no Catar e confirmar que ele morreu após sofrer um infarto. O dirigente esclareceu que o corpo foi enviado ao Equador em boas condições, fato que permitiu a realização desta segunda autópsia.

Nesta sexta, milhares de equatorianos se reuniram para render um tributo ao jogador, acompanhando desde a chegada do caixão ao aeroporto até a cerimônia oficial de seu velório, no coliseu Rumiñahui. O cadáver do atleta desembarcou na madrugada desta sexta em Quito, acompanhado da esposa do atacante, Liseth Chala.

Dirigentes esportivos, jogadores, entre eles alguns da seleção do Equador, e milhares de fanáticos compareceram ao emocionante velório, onde o caixão chegou carregado pelo pai de Benítez, Ermen, pelo sogro do atleta, Cléver Chalá, além de outros familiares e amigos. No início do funeral, familiares e fãs foram vistos chorando desconsoladamente.

Na rota entre o aeroporto e o local do velório, centenas de pessoas exibiram bandeiras e camisas da seleção do Equador, apesar de o trajeto ter sido percorrido ainda de madrugada.

Vítima do mais recente capítulo das mortes trágicas no mundo do futebol, Benítez foi contratado em julho pelo El Jaish, depois de realizar mais uma temporada de destaque pelo América do México, pelo qual acumulou um total de 52 gols em 79 jogos. Ele foi submetido a exames médicos no El Jaish no dia 4 de julho, para poder assinar contrato, e foi aprovado nos mesmos. Já no último domingo, não se queixou de nenhum problema de saúde após atuar durante apenas dez minutos em seu jogo de estreia pelo time.

Com 24 gols em 58 partidas pela seleção do Equador, o atacante também atuou pelo El Nacional-EQU e vestiu as camisas do mexicano Santos Laguna e do Birmingham, da Inglaterra. Em homenagem ao atleta, a Federação Equatoriana de Futebol aposentou na seleção a camisa 11, número que era usado por ele no time nacional.
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