(Montagem)
“A expectativa é muito grande, pareço um menino de 18 anos”. A cobiça pela taça do Campeonato Mineiro é um elixir da longa vida para os dois capitães veteranos que entram em campo hoje, no Mineirão, comandando os finalistas Atlético e América.
De um lado, o autor da frase acima, Leandro Guerreiro, prestes a completar 38 anos. Do outro, o ídolo alvinegro Leonardo Silva, perto do 37º aniversário.
Apesar de não serem mais novatos no futebol, Leandro e Leonardo têm ainda muita lenha para queimar. Os donos das braçadeiras de Coelho e Galo serão os primeiros a entrar em campo na decisão de logo mais e, com a mesma sede que correrão atrás da faixa de campeão, querem se afastar o máximo possível da palavra aposentadoria.
Titulares indiscutíveis dos técnicos Givanildo Oliveira e Diego Aguirre, volante e zagueiro renovaram contratos até o fim da temporada. Mas a ideia, por ora, é seguir em campo, liderando os vestiários e lutando por vitórias.
“Hoje, não passa pela minha cabeça me aposentar. É claro que tudo depende de como o ano irá acabar. No ano passado, eu acabei muito bem, sobrando em campo, e espero manter essa pegada na Série A”, diz Guerreiro ao Hoje em Dia.
Um fator fundamental para os dois ainda estarem jogando em alto nível, perto dos 40 anos, é o biotipo franzino. O cuidado para prolongar a carreira ocorre, principalmente, fora de campo. Mas até mesmo os treinos precisam ser especiais. “Me sinto bem, não me falta perna no jogo. Me cuido até durante o treino. Não posso me desgastar muito, pois não consigo me recuperar tão fácil como antes”, diz o volante.
Leandro e Leonardo são dois dos quatro titulares mais velhos entre os times da Série A, ao lado do zagueiro Juan, do Flamengo, e do volante Renato, do Santos (ambos com 37).
Chance do bi para Léo Silva
O responsável pelos dois primeiros gols do Atlético no Campeonato Mineiro deste ano pode alcançar o primeiro bicampeonato estadual pelo alvinegro. No clube desde 2011, o camisa 3 foi campeão nas temporadas 2012 e 2013. Entretanto, na prática, o xerife da zaga atleticana não participou de nenhuma partida na campanha invicta do Galo há quatro anos, pois estava lesionado no período.
No ano em que venceu a Libertadores, Léo perdeu jogos decisivos do torneio continental por conta de uma lesão no dedo da mão. A fratura forçou a ausência do veterano na primeira final do Estadual, contra o Cruzeiro. Ele retornou nos minutos finais da derrota por 2 a 1 no Mineirão, que garantiu o bicampeonato mineiro. No ano passado, Leonardo Silva ergueu o troféu do Estadual diante da Caldense, em Varginha.
Décima taça
Caso consiga reverter a derrota para o Coelho hoje, o zagueiro conquistará o sexto título oficial pelo clube. Além dos dois estaduais (2013 e 2015), venceu a Libertadores, a Copa do Brasil e a Recopa Sul-Americana. Contabilizando todas as conquistas, o Mineiro de 2016 poderá ser o décimo troféu do zagueiro.
Léo já venceu outros três estaduais (2002, 2008 e 2009), além da Série C pelo Brasiliense. Dentre as taças secundárias estão Torneio de Verão (Cruzeiro-2009), Florida Cup (Atlético-2016) e o Superclássico das Américas (Seleção-2012).