Vicintin acusa árbitro de perseguir Arrascaeta e meia confirma: 'que tomem providências'

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
20/11/2016 às 21:29.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:44

O meia De Arrascaeta viveu uma situação inusitada na sua carreira no empate em 2 a 2 do Cruzeiro com o Santos, neste domingo, no Mineirão, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. Expulso aos 35 minutos do segundo tempo, o meio-campista uruguaio, que nunca havia recebido um cartão vermelho como jogador, teria sido menosprezado pelo árbitro Heber Roberto Lopes durante a partida com o Peixe.

Em entrevista coletiva no Mineirão logo após o confronto entre mineiros e paulistas, o vice-presidente cruzeirense Bruno Vicintin, além de reclamar de um pênalti, na visão dele, a favor do Cruzeiro, tornou público o suposto menosprezo por parte de Heber ao jovem meio-campista celeste.

“O que mais irrita a gente não é nem o erro do árbitro. É um jogador como o Arrascaeta, que nunca foi expulso na carreira, que fez uma falta no jogo, ser expulso e chegar ao vestiário falando que o árbitro está desde o começo do jogo dizendo que ele não é jogador de seleção, onde que ele estava na final da Copa América, se ele assistiu pela televisão, que ele é um árbitro ótimo, que apitou a final da Copa América (…) Inclusive fez lambança lá”, disse.

O próprio fato foi confirmado por Arrascaeta, listado na pré-lista do Uruguai para a Copa América, mas que no fim das contas foi cortado da lista final de Oscár Tabárez para o torneio entre seleções sul-americanas.

“Ele (Heber Roberto Lopes) disse isso mesmo, mas eu não quero falar nada mais sobre o tema. Falei isso com o Bruno, que ele tome a medida que deva ser tomada. Hoje em dia o jogador que tem que chamar atenção no jogo, mas quem manda no campo é o árbitro e o jogador não pode fazer nada”, critica.

Jogador habilidos e marcado por sua boa visão de jogo, Arrascaeta não tinha no seu currículo um cartão vermelho sequer. Pelo comportamento do árbitro durante a partida, o meio-campista afirma ter sofrido perseguição por parte de Heber Roberto Lopes. 

“Sim (sofreu perseguição), foi a única falta (do Arrascaeta) que houve no jogo. Não fiz com nenhuma intenção de acertar o adversário, e, sim, a bola. Primeira expulsão da minha carreira, mas são coisas que acontecem no futebol e tenho que estar preparado para isso”, disse, reclamando do comportamento do árbitro.

“Senti um incômido dentro do jogo, um cara falar isso para um jogador. Hoje em dia tem cada coisa, tenho mesmo que estar preparado para isso”, complementou.

Para Bruno Vicintin, há tempos Heber Roberto Lopes prejudica o Cruzeiro. “No futebol, a gente tanto pede profissionalismo e aceitar que um árbitro fique ofendendo os profissionais do Cruzeiro dentro do campo, depois daquela semifinal do Campeonato Mineiro, no ano passado, onde, para ser educado, ele nos assaltou depois de chutarem a cabeça do (Leandro) Damião, e o Cruzeiro tomou o gol no lance seguinte”, disparou, prometendo festa após a aposentadoria de Lopes.

“Sempre que esse senhor apita jogos do Cruzeiro a gente fica preocupado. O que mais quero, quando ele se aposentar, é dar uma festa na Toca da Raposa. Se Deus quiser, isso está chegando. Parabéns aos envolvidos de sempre o colocarem em jogos assim, sempre com lambanças contra o Cruzeiro”, disse.

Reclamação do pênalti

Vicintin reclamou bastante também de um lance envolvendo o meia Marcos Vinícius, que, dnetro da área, fez um cruzamento, mas a bola bateu no cotovelo do zagueiro santista.

“Sinceramente, não estou nem ligando se eu vou ser punido, porque aguentar Heber Roberto Lopes é demais. Um árbitro desses, por ser Fifa, com o nível que ele tem, a arbitragem que ele fez aqui hoje, é impossível não achar que não foi pênalti”, completou. 

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