Victor, Léo Silva e Levir: nomes da invencibilidade do Galo em casa nos mata-matas da Libertadores

Alexandre Simões
26/02/2019 às 19:46.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:44
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

O pênalti cobrado por Riascos e defendido por Victor, aos 48 minutos do segundo tempo, no empate por 1 a 1 entre Atlético e Tijuana, do México, no Independência, no jogo de volta pelas quartas de final da Copa Libertadores de 2013, se transformou no grande lance daquela conquista atleticana. Fez do goleiro um “santo” alvinegro, colocou o atacante colombiano para sempre na memória da Massa e, por incrível que pareça, tem relação direta com a partida desta quarta-feira (27), quando o Galo decide diante do Defensor Sporting, do Uruguai, às 21h30, no Horto, uma vaga na fase de grupos do principal torneio de clubes da América na sua edição de 2019.

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Com a vantagem de ter vencido o confronto de ida da terceira fase da Libertadores, na semana passada, no Estádio Luis Franzini, em Montevidéu, por 2 a 0, o Atlético joga nesta quarta-feira podendo até perder por um gol de diferença, pois mesmo assim integrará o Grupo E, que já conta com Cerro Porteño, do Paraguai, Nacional, do Uruguai, e Zamora, da Venezuela.

Mas os comandados de Levir Culpi brigam por algo mais além da classificação à próxima fase. Isso porque o Galo defende uma invencibilidade eterna em partidas de mata-mata de Copa Libertadores em que foi mandante.

MILÊNIO

Essa história começa em 2000, pois nas três participações alvinegras no torneio no milênio passado, o time caiu na fase de grupos em 1972 e 1981, e na edição de 1978 chegou às semifinais, que eram disputadas logo após a fase de grupos e no formato de triangulares em ida e volta (teve Boca Juniors e River Plate como adversários).

A partir de 2000, o jogo desta quarta-feira contra o Defensor Sporting será o 13º do Atlético, por mata-mata da Libertadores, em Belo Horizonte. E o retrospecto é de sete vitórias e cinco empates.

Nos 12 confrontos anteriores, o Galo levou a melhor sete vezes, sendo quatro delas na campanha vitoriosa de 2013. Das cinco eliminações, três aconteceram na capital mineira, diante de Atlético Nacional (2014), São Paulo (2016) e Jorge Wilstermann (2017), mas nunca com derrotas. Diante de colombianos e bolivianos, a queda se deu com empates. O tricolor paulista foi derrotado por 2 a 1, mas a vaga acabou perdida no critério do gol marcado fora de casa.

PERSONAGENS

Além de Victor, há outro jogador do grupo atleticano que tem responsabilidade direta nessa invencibilidade do clube como mandante, em mata-matas de Copa Libertadores. É o zagueiro Leonardo Silva, que nas oitavas de final de 2015 empatou, de cabeça, aos 45 minutos do segundo tempo, uma partida em que o Atlético era derrotado por 2 a 1 pelo Internacional.

O técnico Levir Culpi também faz parte dessa história, mas de forma negativa. A primeira eliminação alvinegra da Libertadores, num mata-mata, em Belo Horizonte, foi com ele no comando, no empate por 1 a 1 com o Atlético Nacional, na volta pelas oitavas de final de 2014, ano seguinte ao título alvinegro no torneio.

Ele tinha acabado de assumir o time após a demissão de Paulo Autuori, que perdeu o jogo de ida, em Medellín, por 1 a 0. Agora, a situação é diferente. Levir já tem um certo tempo de trabalho na Cidade do Galo, pois chegou ao clube há quatro meses. E encara o Defensor Sporting tentando alcançar o segundo objetivo que lhe foi imposto. O primeiro foi levar o Atlético à Libertadores de 2019, via o Brasileirão, e ele conseguiu.

Agora está próximo de colocar o time na fase de grupos da competição. Uma missão, que se depender do retrospecto, está cumprida.

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