MAIS CASOS

Villa Nova-MG é citado em investigação sobre manipulação de resultados em 2023

Da Redação
esportes@hojeemdia.com.br
16/02/2023 às 12:43.
Atualizado em 16/02/2023 às 13:29
Autoridades do MPGO que investigam os esquemas de apostas no futebol brasileiro (João Sérgio/Assessoria de Comunicação Social do MPGO)

Autoridades do MPGO que investigam os esquemas de apostas no futebol brasileiro (João Sérgio/Assessoria de Comunicação Social do MPGO)

Depois da denúncia sobre manipulação de resultados na última rodada da Série B de 2022, o Ministério Público de Goiás encontrou, após buscas e apreensões, indícios de casos que já podem ter acontecido nos estaduais de 2023, incluindo no Campeonato Mineiro.

A denúncia sobre o ocorrido partiu do Vila Nova-GO, após o próprio presidente do clube apurar o ocorrido com o meia Romário, que teria participado do esquema. As investigações revelaram pelo menos mais três jogadores que podem estar envolvidos: Joseph, do Tombense, Mateusinho, na época no Sampaio Corrêa e hoje no Cuiabá, e Gabriel Domingos, do Vila, que teria emprestado conta ao companheiro de equipe.

"Tem indicativos de jogos nos Estaduais em 2023 também com a mesma forma, com sinal pago para jogadores e mais dinheiro após as apostas, e não só em cometer pênaltis. Mas precisamos avançar. Isso demanda tempo para a investigação prosseguir. Vamos analisar com cuidado as provas que nos chegam", disse o promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, à ESPN.

Em 2023, mensagens encontradas indicam que manipulações já teriam acontecido nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás, com três times citados: São Luiz-RS, Novo Hamburgo-RS e Villa Nova-MG. No entanto, o MP considera que clubes e dirigentes não são suspeitos de participarem dos esquemas, e tem jogadores como alvos. Nos casos de 2023 ainda não há suspeitos nominalmente informados como nos casos do ano passado.

Print de celular apreendido pelo MPGO que mostra novos esquemas em 2023 (Divulgação/MPGO)

Print de celular apreendido pelo MPGO que mostra novos esquemas em 2023 (Divulgação/MPGO)

Como aconteceu o esquema?

Segundo as mensagens encontradas pelo Ministério Público, os jogadores foram abordados por apostadores que pediram para que eles cometessem pênaltis, ainda no primeiro tempo, nas seguintes partidas: Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina. Os atletas receberam um sinal de R$ 10 mil e, caso tudo ocorresse como o planejado, receberiam mais R$ 140 mil. 

No entanto, essa manipulação não se concretizou como um todo, já que Romário, principal investigado agora, ficou de fora do jogo do Vila Nova e assim não pôde cometer o pênalti. Os pênaltis nas duas outras partidas aconteceram, mas era necessário que acontecesse nas três para a aposta se concretizar.

A situação vazou quando Romário tentou convencer alguns companheiros de time a cometer a penalidade. Nenhum outro atleta topou, a situação chegou ao presidente do Vila, que investigou o caso e levou ao Ministério Público. 

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