Um meia do Beijin Guoan impediu que um cruzamento errado fosse para a linha de fundo, tocou para trás, quase de carrinho e viu um volante do Guangzhou Evergrande chutar. A bola ainda bateu na zaga e estufou as redes pela terceira vez no Mineirão. Com passe de Renato Augusto, Paulinho decretou os números finais da vitória brasileira diante da Argentina, em um "legítimo" gol chinês.
Sobre o fato de jogar em um mercado emergente do futebol brasileiro, raramente acompanhado de perto pelos torcedores, Paulinho disse que ainda precisa trabalhar e provar seu valor a cada treino da Seleção. Ao contrário de Renato Augusto, por exemplo, uma vez que o meia foi titular da Olimpíada e saiu recentemente do Brasil, como um dos melhores do Campeonato Brasileiro de 2015.
"Quem joga na China, sabemos que no início, quando cheguei, havia desconfiança total. O Renato não, ele foi para as Olimpíadas, fez uma excelente Olimpíada, peça importante na equipe e deu continuidade. Eu venho buscando espaço dentro da equipe. Os méritos daquele gol são do Renato, que deu bela assistência, não deixou a bola sair, não desistiu da jogada", afirmou o atleta.
Em alta na Seleção, após a bela exibição no Mineirão, Paulinho não trabalha pensando retornar à Europa, por onde defendeu o Tottenham, da Inglaterra, sem sucesso. Para ele, o importante é manter a confiança do técnico Tite, seja na China ou em qualquer outro lugar.
"A minha carreira, na minha vida sempre deixei nas mãos de Deus. Tive passagem pela Europa, o que eu procuro hoje é fazer grande trabalho na Seleção e no Guangzhou. Se vou para a Europa, se não vou, é muito relativo. Sempre deixei as coisas acontecerem naturalmente. Se tiver a chance de voltar à Europa, irei. Caso contrário, continuiarei no Guangzhou", completou.