(Hoje em Dia)
No domingo, só um vai avançar à grande final do Campeonato Mineiro. Mas, para os armadores Guilherme, do Atlético, e Tchô, do América, esta edição do torneio já tem um gostinho especial. Os dois jogadores da mesma geração são considerados os destaques de suas equipes e grandes responsáveis pelas campanhas que colocaram Galo e Coelho na semifinal da disputa.
Guilherme chegou ao Atlético em 2011 com toda pompa. O ex-cruzeirense foi apresentado no dia 25 de março, quando o clube alvinegro completava 103 anos. Comprado por R$ 14 milhões, o atacante custou a dar o retorno esperado.
Várias contusões impediram o jogador de dar sequência ao trabalho. Com isso, cansou de sair de campo vaiado pela Massa alvinegra.
Longe do departamento médico desde o ano passado, 2014 está sendo bem diferente para o atleta, lançado pelo técnico Paulo Autuori no Cruzeiro.
“Sem dúvida, é o melhor momento que eu vivo aqui no Atlético”, gaba-se o camisa 10, que atingiu na partida de contra o América a marca de 95 jogos com a camisa atleticana.
“Eu tinha esta certeza de que quando eu conseguisse essa sequência sem machucar eu chegaria num nível bom, mas sei que posso melhorar ainda mais”, garante o jogador, que já balançou as redes quatro vezes nesta temporada, nas dez vezes em que esteve em campo.
Apesar de o bom momento de Guilherme coincidir com a queda de rendimento de Ronaldinho Gaúcho, Autuori já adiantou que não pretende deixar R10 no banco, pelo menos por enquanto.
Já Tchô, que foi revelado nas categorias de base do time alvinegro e subiu ao profissional em 2005, vem conquistando seu espaço no América. Não faz nem um mês que ele estreou pelo Coelho durante o Campeonato Mineiro. Apesar do pouco tempo, o clube alviverde encontrou um jogador para a posição da qual carecia desde a saída de Rodriguinho para o Corinthians, no fim da temporada passada.
E além de criar jogadas, Tchô vem surpreendendo. Ele é o artilheiro da equipe, ao lado do atacante Obina, com seis gols, cada. Ambos estão atrás em um gol do artilheiro do Mineiro, Mancini, do Villa Nova.
Mesmo o América estando na iminência de ser eliminado da competição, o bom momento do armador coincidiu com a reação do Coelho no Estadual. Desde sua estreia, no dia 1º deste mês, contra o Nacional, quando Tchô anotou seu primeiro gol, e o América venceu por 2 a 1, o armador alcançou a média de uma bola na rede por partida. Pelo Coelho, foram quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota, o jogo de ida da semifinal.