Gastos exagerados e supérfluos com o cartão corporativo do Cruzeiro, ações na Justiça e também na Fifa que não param de bater à porta, escândalos revelados pela imprensa e o rebaixamento do multicampeão celeste para a Série B do Campeonato Brasileiro. Nada disso parece tirar as noites de sono do ex-presidente do Cruzeiro Wagner Pires de Sá. Pelo menos em suas declarações recentes.
Sabatinado na noite desta sexta-feira (24) por jornalistas da Espn Brasil, o ex-dono da cadeira mais importante da Raposa se defendeu de acusações e, para finalizar, afirmou que a única saída para que o clube dialogue com o mercado financeiro é a realização urgente de novas eleições.
"A investigação (Polícia Civil) ainda não mostrou que alguém tirou dinheiro do Cruzeiro ou que se foi gasto sem preocupação. O conselho que está hoje no clube, vem levantando situações que não são reais. Quase fui escorraçado porque peguei dinheiro emprestado (cerca de R$ 2 milhões, segundo ele) com um empresário. Quando isso acontece, uma das garantias que se pode dar é jogador. Ele entra como garantia como pagamento", relatou Pires.
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"Cheguei a pagar mais de 40 milhões na Fifa. Eles agora terão que pagar despesas e salários atrasados. Estão querendo fazer uma espécie de consórcio para pagamento com garantia de jogadores. Aquilo que me jogaram na lama, estão tentando fazer de novo. Mas não vão conseguir. Esta administração é passageira e não tem legitimidade para discutir com o mercado financeiro. Esta conversa só vai começar com seriedade quando tiver um presidente eleito", finalizou.