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Zagueiro Réver recorre a coach para 'aprimorar' saúde mental e espírito de liderança em campo

Henrique André
Publicado em 31/05/2019 às 15:40.Atualizado em 05/09/2021 às 18:54.

Um dos símbolos da maior conquista da história do Atlético, a Libertadores de 2013, e também de superação após a goleada acachapante sofrida para o rival Cruzeiro, os 6 x 1 de dois anos antes, o zagueiro Réver retornou este ano ao alvinegro, após saídas para Internacional e Flamengo, e não precisou de muito tempo para retomar a titularidade e a faixa de capitão.

Aos 34 anos, o paulista de Ariranha há algum tempo resolveu investir na carreira também fora das quatro linhas; apesar de colecionar títulos e feitos importantes, ele sentiu a necessidade de  aprimorar o espírito de líderança, fortalecer o lado emocional e, principalmente, se tornar um indivíduo mais preparado. Para alcançar tais objetivos, o zagueiro recorreu a um coach esportivo.

“O trabalho com o Réver começou quando ele estava no Flamengo. Em dado momento de muita pressão e questionamentos, começamos a realizar um trabalho de psicologia e coaching esportivo no atleta, visando sua regulação emocional, treinamento mental, habilidades sociais, para que pudesse, além de ‘performar’ com excelência em campo, ajuda-lo na construção de um líder e indivíduo melhor", comenta Cleo Holanda ao Hoje em Dia.

"Sem dúvida, Réver possui graus de profissionalismo e dedicação que são raros entre os atletas. Depois disso, conseguimos perceber o ganho não apenas no campo, mas principalmente como indivíduo. Hoje, ele possui uma saúde mental”, acrescenta o coach, que, além de chefe de departamento  de psicologia do América-RJ, também trabalha de forma individual com jogadores que atuam no Brasil e também no exterior.

Sonho de ser jogador

É de conhecimento que a vida de um atleta profissional do esporte mais popular do mundo tem muitas vantagens. Dinheiro e fama são os principais ingredientes. Porém, nem sempre os problemas e os desafios são externados na mídia como as vantagens. Pra começar, a chance de se tornar um jogador de futebol.

De acordo com um levantamento recente da CBF, quase 96% dos jogadores cadastrados na entidade recebem menos de R$ 5 mil por mês. Ou seja, a realidade é outra para a esmagadora maioria. Para os que conseguem chegar ao seleto grupo que se firma numa grande equipe do futebol brasileiro, com vencimentos de encher os olhos, profissionalizar e administrar suas carreiras se tornou quase obrigação para seguir nos trilhos; muitos, inclusive, investem num verdadeiro “staff” nos bastidores, com agentes, advogados, contadores, assessores de imprensa, e outros profissionais.

“Em síntese, ser jogador de futebol realmente tem muitos benefícios, mas o atleta de alto nível precisa estar preparado para as adversidades e as crises, que são comuns no esporte. Praticamente nenhum deles está preparado. Nosso papel é planejar metas e ações para que tudo ocorra da melhor maneira possível, para que o atleta saiba atravessar todas as barreiras e que seu foco seja somente em seu desempenho”, explica Holanda.

“Sabemos que o ‘senso comum’ apregoa que a vida de jogador de futebol é fácil. Porém, sabemos que se trata de um indivíduo que possui demandas emocionais, conflitos e desafios como todo ser humano”, ressalta.

Sobre os resultados com Réver, Cleo Holanda destaca o engajamento recebido nas redes sociais do zagueiro, após postagens mostrando, em prática, toda liderança e entrega do camisa 4 com a camisa atleticana.

“Neste ano, nas suas redes sociais, alguns vídeos que mais tiveram repercussão foram justamente dois momentos que mostram a sua liderança e comprometimento. Um deles foi na preleção antes de um jogo, onde ele traz palavras de incentivo a todo o grupo; e outra foi neste mês de maio, quando ele demonstra total entrega ao clube em um lance onde ele, com o nariz quebrado e totalmente ‘grogue’, tenta evitar o gol do Flamengo. Na sequência, desaba no chão, sem nenhuma condição física. Este vídeo resultou em mais de mil comentários de apoio”, finaliza.

Fora de ação

Se recuperando de um pequena fratura no nariz, Réver mais uma vez não deve estar entre os relacionados para o duelo da sétima rodada do Campeonato Mineiro, contra o CSA, de Alagoas. O confronto está marcado para domingo (3), às 19h, no Independência.

Caso se confirme a ausência, a expectativa é que, contra o Santos, ele já esteja na lista de Rodrigo Santana. Peixe e Galo se enfrentam na quinta (7), em busca de uma vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. No primeiro duelo, em BH, as duas equipes empataram em 0 a 0. 

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