Estudo de viabilidade técnica pode definir bilhetagem eletrônica em táxi lotação de Belo Horizonte

Hoje em Dia*
17/03/2015 às 21:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:23
 (Divulgação/CMBH)

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Uma reunião marcada para a próxima sexta-feira (20) entre representantes do táxi lotação de Belo Horizonte e da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) poderá definir a implantação ou não do sistema de bilhetagem eletrônica nos veículos responsáveis pelo transporte de passageiros nas avenidas Afonso Pena e Contorno, região do hipercentro da capital.    Na noite desta terça-feira (17), uma audiência pública foi realizada na Câmara Municipal de Belo Horizonte com objetivo de cobrar da BHTrans e das empresas de bilhetagem eletrônica, a divulgação de um estudo de viabilidade do sistema nos táxis lotação. “Há pelo menos cinco meses esperamos a divulgação dos dados que demostre o custo operacional dos sistema para a categoria. Sabemos que há demanda e que este sistema é completamente viável”, explica o vereador professor Wendel Mesquita (PSB).    A bilhetagem eletrônica é uma reivindicação dos taxistas desde 2006, logo após a extinção do vale-transporte no sistema de transporte público de Belo Horizonte. “Percebemos que o cartão eletrônico está afastando os usuários do táxis lotação porque muitos utilizam apenas o cartão eletrônico e não mais o dinheiro, o que dificulta o nosso trabalho”, explica o presidente do Associação dos Motoristas de Táxi Lotação de Belo Horizonte,  Antônio Carlos Alves Sena. Em novembro do ano passado, uma reunião chegou a ser feita com a categoria, mas foi cancelada porque o estudo ainda não havia sido concluído.    Dados da Associação dos Motoristas de Táxi Lotação de Belo Horizonte, 15 mil pessoas utilizam o transporte na capital. Segundo a BHTrans 118 veículos são licenciados para oferecerem o serviço. “Existe uma grande demanda que precisa ser atendida. Hoje as pessoas não andam com dinheiro, por isso a bilhetagem eletrônica se faz tão necessário”, explica o presidente da associação.    Apesar de parte da categoria defender a bilhetagem eletrônica, o Sindicato dos Taxistas de Belo Horizonte, Ricardo Faedda, pondera a utilização do novo sistema. “Precisamos conhecer os custo da implantação do serviço, que pode onerar e muito os os gastos dos motoristas. Acreditamos que esse valor possa chegar até a R$ 1.600, o que acabará sendo repassado para os usuários através do aumento de tarifa”.    A BHTrans avalia que a demanda não compensa a implantação dos sistema. Segundo o Superintendente de Regulação de Transportes da BHTrans, Sérgio Luis Ribeiro de Carvalho, o táxi lotação, faz parte do sistema integrado de transporte público da cidade e não um concorrente das devais opções. “Ele integra o sistema de mobilidade, não concorre com ele. Além disso, o táxi lotação atende um público específico e foi criado para tirar a demanda de veículos particulares da região central da cidade, tendo uma baixa capacidade de atendimento”.    Durante a audiência pública, o vereador professor Wendel solicitou a BHTrans que foi realizado uma pesquisa para saber a opinião dos usuários a respeito da implantação da bilhetagem eletrônica.    *Com Gabriela Sales

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