O chanceler norte-americano, John Kerry, disse nesta sexta (15) esperar por estabilidade, paz e continuidade na Turquia, onde o governo denunciou uma tentativa de golpe de Estado por um grupo militar. Kerry se manifestou em Moscou, onde havia se reunido com o presidente russo, Vladimir Putin, para negociar uma possível cooperação militar entre Estados Unidos e Rússia na guerra civil que atinge a Síria. De acordo com a Casa Branca, o presidente americano, Barack Obama, foi informado sobre a situação na Turquia, país membro da Otan e aliado dos EUA.
O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, também se manifestou, pedindo que os russos na Turquia não deixem suas casas em meio à incerteza provocada pelo suposto golpe de Estado. Boris Johnson, recém-nomeado chanceler do Reino Unido, também se disse "muito preocupado" pelo Twitter, acrescentando que o governo britânico está monitorando a situação.
Também pelo Twitter, o chanceler iraniano, Mohammad Zarif, disse estar preocupado com a "crise" no país vizinho ao Irã e ressaltou a importância da "estabilidade, democracia e segurança". O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu calma na Turquia e afirmou que a ONU está tentando esclarecer a situação.
Na noite desta sexta, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, denunciou a tentativa de facções do Exército de tomar o poder na Turquia. A televisão estatal do país anunciou horas depois um toque de recolher no país.
De acordo com a agência de notícias Reuters, os militares turcos divulgaram um comunicado em que dizem ter tomado o poder em nome da "ordem democrática" e que "todas as relações internacionais existentes continuarão".
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