(Lucas Prates)
Quem está à procura de um emprego temporário ainda tem a oportunidade de conseguir uma vaga para trabalhar no período mais doce do ano: a Páscoa. Ainda se recuperando da crise econômica dos últimos tempos, fabricantes e lojistas estão contratando.
Vinte e três mil vagas temporárias tanto para a produção como para as vendas foram abertas neste ano no setor em todo o país, informou a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). Dessas, 18,3 mil são voltadas para pontos de vendas e ainda estão em fase de contratação.
Em Minas, são pelo menos 452 vagas em aberto. O número, no entanto, pode ser bem maior. Entre as principais fábricas, somente o grupo CRM, dono da Kopenhagen e da Chocolates Brasil Cacau, e a Mondeléz, responsável pela Lacta, fazem o levantamento de oportunidades por Estado. Cerca de 20% das oportunidades são para a produção e 80% para as vendas.
Para as vagas ainda em aberto, há procura por pessoas com mais de 18 anos, experiência de pelo menos seis meses no setor e com disponibilidade de horário.
Apesar de os anos anteriores terem registrado um maior número de vagas ofertadas - 29 mil em 2016 e 25 mil em 2017 -, as principais empresas afirmam não haver redução no número de oportunidades oferecidas neste ano. A explicação de onde viriam as menores contratações, no entanto, não foi divulgada. A Nestlé e a Garoto, por exemplo, afirmaram terem disponibilizado 3 mil vagas, mesmo número do ano passado.
Quem aumentou de 6,6 mil para 6,8 mil o número de chances para esse período foi a Cacau Show. A Lacta, outra gigante do segmento, aponta elevação de 7,5 mil para 7,9 mil vagas em 2018.
Apesar de não revelar a taxa de contratação do ano passado, a Konpenhagen e Brasil Cacau afirmaram que esperam um crescimento de 10% em vendas em relação ao ano passado, com uma produção estimada em 3,5 milhões de ovos.
Crescimento
Em paralelo ao investimento das grandes empresas do ramo, fabricantes menores de chocolates também vislumbram um cenário favorável na data e planejam a ampliação da equipe.
É o caso da Doce Que Seja Doce, localizada no bairro Funcionários, região Centro-Sul da capital. Esta será a primeira Páscoa da empresa na nova loja física.
Há três anos trabalhando exclusivamente com encomendas, como por telefone e internet, a confeitaria chegou ao novo espaço há pouco mais de três meses. Para atender a demanda, a proprietária Luana Drumond revela que deve aumentar a equipe em um terço. “A procura aumenta, principalmente na cozinha. Projetamos passar de 12 para 18 funcionários nesse período, especialmente freelancers, que possam fazer mais de uma função”, comenta.