Festival de Teatro em Casa BH oferece espetáculos de vários lugares do país

Luisana Gontijo
lgontijo@hojeemdia.com.br
07/05/2021 às 17:59.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:52
 (Cauro Vasconcelos/Divulgação)

(Cauro Vasconcelos/Divulgação)

Saudade de pegar um teatrinho, né, minha filha? Então, bora lá! Ninguém precisa sair do próprio sofá para assistir aos espetáculos da segunda edição do Festival de Teatro em Casa BH. São dois da capital mineira; um deles, Mata Rasteira, convidado; dois de Recife; um de Salvador; um de São Caetano do Sul (SP); um de Juiz de Fora; e dois de cenas curtas, também convidados, do Rio de Janeiro (Circo) e de Manaus (Bonecos).

A programação já está rolando e vai até a próxima quinta-feira (13), podendo ser acessada de forma gratuita, no canal do YouTube do Festival de Teatro em Casa BH

“Vamos ter um trabalho ao vivo, seis filmados dentro das casas das pessoas e dois trabalhos curtos, que serão apresentados sempre ao meio-dia e têm essa relação da casa como protagonista – o experimento ‘Tem um palhaço na minha casa’, da Inepta Cia. (Rio de Janeiro); e o teatro de bonecos ‘Amélia’, da Menina Miúda Produções (Manaus)”, detalha Cris Diniz, idealizadore do festival.

A programação - que, reforçando, vai até o próximo dia 13 - ficará disponível para o público no YouTube por dois meses

Esta edição do evento, patrocinada com recursos do edital de festivais da Lei Aldir Blanc do Estado, recebeu inscrições de 530 espetáculos, ao passo que a edição anterior, realizada em 2019, teve 20 inscritos. Cris Diniz atribui o que chama de boom de procura, primeiro, à situação financeira de muita gente que faz teatro. 

Isolamento criativo
“Por outro lado, as pessoas ficaram criando em casa ao longo do ano passado, em razão da pandemia. A gente teve inscrições de todas as regiões do país, de 23 ou 24 estados”, revela ainda.

O ponto crucial para a escolha dos espetáculos participantes, aponta a coordenadora-geral do festival, Laís Penna, é que eles tenham sido desenvolvidos para acontecer em residências. E não adaptados para essas casas. Ela frisa que é assim desde a primeira edição.

“A proposta do teatro em casa é ser também um espaço muito acolhedor. Quando a gente pensa nos convites que faz, tanto para os artistas quanto para o público, reflete sobre um espaço de acolhimento. É um espaço de receber, com expectativa de um público que esteja se sentindo acolhido, mesmo que virtualmente. A gente espera que possa ter um diálogo com o público”, pondera Laís Penna.Davi TNQ/Divulgação

Saiba mais
Fortalecer o Festival de Teatro em Casa e possibilitar, no futuro, a criação de um circuito que abarque essa arte cênica é a ideia na qual se tem investido, conta Cris Diniz, idealizadore do evento. “A gente tem um diálogo com o festival de teatro de Santiago, no Chile; com o de Burkina Chenu, na África; com o de Salvador; e queremos construir uma rede, para que essa estética tenha mais visibilidade”, afirma.

Cris Diniz lembra que a primeira edição do Festival de Teatro em Casa de BH, há dois anos, foi realizada sem apoios financeiros. Desta vez, os recursos vindos da Lei Aldir Blanc do Estado vão permitir que as equipes inteiras dos nove espetáculos participantes sejam remuneradas.

A programação - que, reforçando, vai até o próximo dia 13 - ficará disponível para o público no YouTube por dois meses. Mas Cris Diniz aconselha que as pessoas assistam agora, durante a realização do evento. “A gente fez uma arte com toda a programação. Nas fotos dos espetáculos está o link do trabalho. A pessoa entra lá, clica na produção que quer assistir e aciona um lembrete no YouTube”, ensina.
 

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