
O cinema sempre serviu de inspiração para a indústria de games. Desde E.T., do Atari, no início dos anos 1980, até hoje, sempre tem um filminho que vai parar no joystick de alguém.
Claro que nem todo filme que vira videogame tem bom resultado. Alguns são deploráveis, como Rambo: The Videogame e o próprio jogo do alienígena que voa de bicicleta.
E quando o caminho é inverso há tropeços horrendos. O primeiro longa-metragem de Super Mario Bros foi algo que fez os olhos sangrarem, assim como o Live Action do clássico Double Dragon.
Produções como Street Fighter, Mortal Kombat, Resident Evil e Doom também ficaram abaixo da crítica. E até mesmo quando se tentou fazer algo mais como Max Payne, o resultado foi ruim.
Mas a indústria se redimiu e apresentou boas séries e filmes com base em games. O longa-metragem de Sonic foi muito bem recebido pela crítica, com direito a uma performance impagável de Jim Carrey.
O reboot de Tomb Raider nos games trouxe uma Lara Croft menos objetificada e mais próxima de uma pessoa comum. No cinema, o mesmo também aconteceu. Os primeiros filmes estrelados por Angelina Jolie eram caricatos e Tomb Raider: A Origem, protagonizado por Alicia Vikander, trazia uma personagem menos fantasiosa.
Outro bom filme extraído dos games é Uncharted. A produção estrelada por Tom Holland e Mark Wahlberg é fiel ao game, mantém o estilo Indiana Jones da franquia, sem desfigurar os personagens.
Mas nada se compara com a qualidade de The Last of Us. A série da HBO estrelada por Pedro Pascal e Bela Ramsey consegue ser tão densa e perturbadora quanto os dois jogos da franquia.
O seriado busca ser fiel aos jogos e adiciona elementos novos e cenas que amplificam a carga dramática. É simplesmente fantástico.
Mas é preciso considerar que o enredo dos games evoluiu ao longo dos anos. Hoje um jogo conta com a sofisticação de um longa-metragem. Assim fica fácil fazer o filme ou seriado.