
O mercado sempre foi provocar demanda de consumo. Uma das estratégias que fabricantes de console adotam há mais de 40 anos é oferecer uma base de jogos exclusivos para seus aparelhos. Isso faz com que os jogadores precisem ter um segundo ou terceiro console para jogar games que não estão disponíveis para o aparelho ligado à TV.
Assim, se o amigo quiser jogar Mario Bros, precisa ter um Nintendo, da mesma forma que se ele quiser jogar Halo, terá que comprar um Xbox e um PlayStation para rodar God of War. O problema é que essa estratégia funciona bem a médio prazo, pois ajuda a alavancar as vendas de consoles. Mas a longo prazo, limita a base de usuários. Afinal, nem todo mundo comprará um monte de aparelhos para jogar games aqui e acolá.
A Sony percebeu isso e passou a oferecer títulos para PC. Essa mudança de estratégia abriu caminho para que jogadores de diferentes perfis tenham acesso a narrativas e experiências antes limitadas ao ecossistema PlayStation. Além de expandir o alcance das histórias, os lançamentos em computadores têm permitido que os títulos sejam revisitados com maior poder gráfico e tecnologias otimizadas para a plataforma.
A adaptação de franquias populares mostra que a proposta é atender tanto ao público que já acompanha a marca quanto a novos jogadores. Os ports lançados recentemente combinam narrativas conhecidas a recursos técnicos de ponta, como suporte para taxas de quadros por segundo desbloqueadas, monitores ultrawide e sistemas de upscaling, ampliando a longevidade e a competitividade desses jogos no cenário global.
Entre os principais destaques está God of War Ragnarök, lançado para PC em setembro de 2024. O título encerra a saga nórdica de Kratos e Atreus e traz como diferencial um combate ainda mais refinado, exploração dos Nove Reinos em escala maior e suporte às tecnologias gráficas mais recentes. A versão para computador ainda inclui o epílogo gratuito Valhalla, com modo roguelite, que funciona como um laboratório para novos projetos.
Outro nome de peso é Horizon Forbidden West, que chegou em março de 2024. A aventura de Aloy se expandiu em um mapa vasto e visualmente detalhado, oferecendo novas possibilidades de exploração com ferramentas como o Pullcaster e o Shieldwing. No PC, o port se destacou pela otimização, garantindo desempenho satisfatório mesmo em máquinas intermediárias, o que ampliou o acesso ao jogo sem comprometer a qualidade gráfica.
O catálogo também ganhou espaço para títulos de terror, como Until Dawn, relançado em outubro de 2024 em uma versão reconstruída na Unreal Engine 5. A proposta de escolhas que definem a sobrevivência dos personagens foi modernizada com recursos gráficos avançados, como iluminação dinâmica e texturas aprimoradas, entregando uma atmosfera ainda mais intensa para os jogadores de PC.